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    Zona do euro não deve esperar suporte incondicional do BCE, dizem autoridades

    BCE prometeu novas ações para evitar a "fragmentação" financeira entre os países mais endividados da zona do euro, após aumento repentino e acentuado dos spreads entre os rendimentos dos títulos

    BCE revelou planos para conceber esta nova ferramenta na semana passada, mas não forneceu nenhum detalhe
    BCE revelou planos para conceber esta nova ferramenta na semana passada, mas não forneceu nenhum detalhe 15/01/2009. REUTERS/Kai Pfaffenbach

    da Reuters

    Os governos da zona do euro não devem esperar suporte incondicional sob a nova ferramenta do Banco Central Europeu (BCE) para evitar que os custos dos empréstimos subam demais para os países mais endividados, disseram nesta terça-feira (21) duas autoridades do BCE.

    O BCE prometeu novas ações para evitar a “fragmentação” financeira entre os países mais endividados da zona do euro, como a Itália, e a Alemanha segura, após um aumento repentino e acentuado dos spreads entre os rendimentos dos títulos.

    Mas o presidente do banco central eslovaco, Peter Kazimir, e seu colega finlandês Olli Rehn estabeleceram condições rigorosas para qualquer intervenção do BCE no mercado de títulos.

    Kazimir disse que não era apenas a função do BCE limitar os spreads, que também são causados pela fragilidade econômica de certos países e pela arquitetura incompleta da zona do euro como uma união monetária sem barreiras fiscais.

    “Quando falamos de fragmentação, muitas vezes estamos batendo na porta errada, e a questão chave e substancial é que as economias dos países se modernizem, inovem, sejam mais resistentes a esses problemas”, disse ele a repórteres em Bratislava.

    Rehn disse que nenhum país será automaticamente elegível para se beneficiar da próxima ferramenta do BCE destinada a limitar a ampliação do spread — uma possível referência às condições associadas a qualquer compra de dívida de um país pelo BCE.

    Fontes informaram à Reuters na semana passada que é provável que o BCE defina algumas condições no esquema, como o cumprimento das recomendações econômicas da Comissão Europeia.

    “Para mim é muito claro que não há automatismo e que não há uma única referência”, disse Rehn em uma conferência de imprensa em Helsinque.

    “Tem que haver muito espaço para julgamento praticado pelo Conselho do BCE.”

    O BCE revelou planos para conceber esta nova ferramenta na semana passada, mas não forneceu nenhum detalhe e os comentários das autoridades monetárias desde então destacam que ainda não há um acordo sobre como ela deve ser.