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    Novo presidente da Colômbia pretende reatar relações com os EUA

    Em entrevista à CNN na semana passada, Gustavo Petro disse que pretende renegociar os acordos comerciais com os EUA

    Stefano Pozzebonda CNN

    A vitória de Gustavo Petro nas eleições presidenciais da Colômbia, neste domingo (20), abre uma nova página na história das relações do país com os Estados Unidos.

    A nação – que nunca teve um presidente de esquerda – é a aliada mais próxima de Washington na região há décadas. Mas a eleição do ex-guerrilheiro de esquerda Gustavo Petro para o cargo mais alto do país pode mudar radicalmente essa relação.

    Em entrevista à CNN na semana passada, Petro disse que pretende renegociar os acordos comerciais da Colômbia com os EUA.

    Ele também planeja abrir o diálogo em torno de três questões principais: proteção da floresta amazônica; acabar com a guerra causadas pelas drogas; e afastar a economia colombiana de projetos extrativistas, como combustíveis fósseis.

    Suas futuras conversas com o presidente dos EUA, Joe Biden, provavelmente serão difíceis, com os dois líderes diametralmente opostos em questões como as relações com a Venezuela.

    Embora em sua campanha ele tenha tentado se distanciar do regime do venezuelano de Nicolas Maduro, Petro apoia o reconhecimento do líder autoritário como presidente do país, algo que a Casa Branca é firmemente contra.

    Mas os dois presidentes ainda podem encontrar um terreno comum em áreas como proteção ambiental e transição energética.

    E Petro tem seus próprios aliados em Washington – ele disse à CNN que fala “muitas vezes” com o senador dos EUA Bernie Sanders e se encontrou pessoalmente no início deste ano com o Progressive Caucus, um grupo de representantes de esquerda dos EUA.

    O mais novo presidente da Colômbia também falou do desejo de criar uma nova aliança progressista na América do Sul.

    Isso provavelmente envolveria o presidente chileno Gabriel Boric e o presidente argentino Alberto Fernandez, em vez dos três países autoritários de Cuba, Nicarágua e Venezuela.

    Biden recentemente provocou oposição entre alguns líderes latino-americanos ao barrar essas três nações da Cúpula das Américas, o fórum regional que aconteceu em Los Angeles no início de junho.

    Em solidariedade, o presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador optou por não participar inteiramente do evento.

    Mas Petro disse à CNN que ele teria comparecido de qualquer maneira.

    “Claro”, disse ele. “Eu teria dito a Biden que era errado não convidar alguns países, mas nunca recusaria uma oportunidade de diálogo.

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