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    Aéreas estão otimistas com recuperação, mas escassez de mão de obra pode atrapalhar

    Robin Hayes, presidente da JetBlue, disse que o setor terá "um novo normal" nos próximos dois a três anos

    Por Tim Hepher e Alexander Cornwell, da Reuters

    As companhias aéreas globais atingidas pela Covid-19 estão confiantes em reduzir suas perdas, mas enfrentam desafios como escassez de mão de obra nos aeroportos, o que pode restringir o crescimento pós-crise, disseram executivos do setor.

    Numa cúpula em Doha, o chefe da Qatar Airways, Akbar Al Baker, disse que a falta de mão de obra será um desafio nos próximos meses, embora haja muitos pedidos de emprego.

    “As pessoas adquiriram o mau hábito de trabalhar em casa”, disse Al Baker. “Elas sentem que não precisam ir para um setor que precisa de pessoas que realmente trabalhem”.

    O presidente da JetBlue, Robin Hayes, disse que o setor terá “um novo normal” nos próximos dois a três anos.

    “O custo da má administração governamental foi substancial. Devastou economias, interrompeu cadeias de suprimentos e destruiu empregos”, disse Willie Walsh, diretor-geral da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata), na reunião anual do setor com mais de 100 chefes de companhias aéreas.

    As aéreas também têm sido criticadas por governos e grupos de consumidores por interrupções, já que a demanda por viagens retomou mais rapidamente do que o esperado, enquanto o setor vê respostas governamentais descoordenadas à crise.

    Walsh citou pesquisas mostrando que o fechamento de fronteiras mal impediu a propagação da pandemia, e praticamente interrompeu as viagens internacionais e paralisou as economias.

    Governos pelo mundo emprestaram mais de US$ 200 bilhões em apoio às aéreas para conter falências durante a pandemia, segundo a consultoria britânica de aviação Ishka.

    As companhias podem lucrar no próximo ano à medida que as viagens aéreas se recuperam, disse a Iata. Walsh disse não estar preocupado com o ambiente atual de demanda e oferta.

    Mas o presidente-executivo da Korean Air Lines alertou que o aumento das taxas de juros e a inflação podem afetar a demanda do consumidor e que o aumento da concorrência pode reduzir os preços das passagens.

    E o presidente-executivo da United Airlines, Scott Kirby, previu que os preços dos combustíveis devem seguir altos no longo prazo.

    Walsh, que tem a reputação confrontar sindicatos e governos como ex-chefe da British Airways, reuniu presidentes-executivos com um ataque à prática de aumentar as taxas dos aeroportos para recuperar as receitas perdidas durante a crise.

    Os aeroportos disseram ser injustamente criticados pelas companhias aéreas e pediram que elas se concentrem em resolver seus próprios problemas.

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