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    Inteligência artificial vai tirar todos os nossos empregos, diz Elon Musk

    Ao participar da VivaTech 2024 em Paris, o criador da Tesla descreveu um futuro onde empregos seriam “opcionais"

    Samantha Murphy Kelly

    Elon Musk diz que a inteligência artificial vai tirar todos os nossos empregos e isso não é necessariamente uma coisa má.

    “Provavelmente, nenhum de nós terá emprego”, disse Musk sobre a IA em uma conferência de tecnologia nesta quinta-feira (23).

    Ao participar remotamente da VivaTech 2024 em Paris, o criador da Tesla descreveu um futuro onde os empregos seriam “opcionais”.

    “Se você quiser um trabalho que seja como um hobby, você pode ter um trabalho”, disse Musk. “Mas, caso contrário, a IA e os robôs fornecerão quaisquer bens e serviços que você desejar.”

    Para que este cenário funcionasse, disse ele, seria necessário haver um “rendimento universal elevado” – que não deve ser confundido com o rendimento básico universal, embora não tenha compartilhado como isso poderia ser. (RBU refere-se ao governo dar uma certa quantia de dinheiro a todos, independentemente de suas rendas).

    “Não haveria escassez de bens ou serviços”, disse ele.

    As capacidades da inteligência artificial aumentaram ao longo dos últimos anos, com rapidez suficiente para que os reguladores, as empresas e os consumidores ainda descobrirem como utilizar a tecnologia de forma responsável.

    Também aumentam as preocupações sobre a forma como várias indústrias e empregos irão mudar à medida em que a IA se espalha no mercado.

    Em janeiro, investigadores do Laboratório de Ciência da Computação e Inteligência Artificial do MIT descobriram que os ambientes de trabalho estão a adotar a ontelifência artificial muito mais lentamente do que alguns esperavam e temiam.

    O relatório também afirma que a maioria dos empregos anteriormente identificados como vulneráveis ​​à IA não eram economicamente benéficos para os empregadores automatizarem, naquele momento.

    Os especialistas também acreditam, em grande parte, que muitos empregos que exigem uma elevada inteligência emocional e interação humana não precisarão ser substituídos, como profissionais de saúde mental, criativos e professores.

    Musk tem falado abertamente sobre suas preocupações em relação à IA. Durante a palestra desta quinta-feira (23), ele classificou a tecnologia como seu maior medo.

    E citou a “Culture Book Series” de Ian Banks, um olhar utópico ficcional sobre uma sociedade governada por tecnologia avançada, como a mais realista e “a melhor visão de uma IA futura”.

    Num futuro sem emprego, porém, Musk questionou se as pessoas se sentiriam emocionalmente realizadas.

    “A questão será realmente de significado – se o computador e os robôs podem fazer tudo melhor do que você, a sua vida tem sentido?” afirmou.

    “Acho que talvez ainda haja um papel para os humanos nisso – na medida em que podemos dar significado à IA.”

    Ele também usou seu tempo para pedir aos pais que limitassem a quantidade de redes sociais que as crianças podem ver, porque “elas estão sendo programadas por uma IA que maximiza a dopamina”.

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