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    Bolsas dos EUA despencam à medida que crescem temores de recessão

    Ações estiveram sob pressão durante a maior parte do ano devido a crescentes preocupações com o aumento da inflação e juros mais altos

    Reuters

    Os índices de ações dos Estados Unidos fecharam em forte baixa nesta quinta-feira (16), em uma ampla liquidação, com o aumento dos temores de recessão após movimentos de bancos centrais de todo o mundo para conter a inflação crescente, na esteira do maior aumento de juros do Federal Reserve desde 1994.

    O benchmark S&P 500 sofreu sua sexta queda em sete sessões. As ações subiram na quarta-feira (15), com o Fed entregando uma alta agressiva de 75 pontos-base, como esperado, para ajudar o índice a quebrar sua mais longa sequência de perdas diárias desde o início de janeiro.

    O Dow Jones Industrial Average caiu 741,46 pontos, ou 2,42%, para 29.927,07, o S&P 500 perdeu 123,22 pontos, ou 3,25%, para 3.666,77 e o Nasdaq Composite caiu 453,06 pontos, ou 4,08%, para 10.646,10.

    Todos os 11 principais setores do S&P caíram no começo da manhã. Os setores de energia e consumo discricionário foram os principais perdedores, com queda de 4,2% e 3,6%, respectivamente.

    As empresas de crescimento de mega capitalização como Amazon, Microsoft, Apple e Tesla caíram entre 2,5% e 6%, também pressionadas pelo aumento dos rendimentos do Tesouro dos Estados Unidos.

    Por volta das 10h no horário de Brasília, todos os setores do Dow Jones operavam no vermelho, enquanto 496 componentes do índice S&P 500 caíam.

    O índice de referência quebrou uma sequência de cinco sessões de queda na quarta-feira (15), depois que o aumento de 0,75 ponto percentual na taxa de juros pelo Fed correspondeu às expectativas do mercado.

    As ações estiveram sob pressão durante a maior parte do ano devido a crescentes preocupações com o aumento da inflação e custos de empréstimos mais altos, com a última projeção do banco central de desaceleração da economia dos Estados Unidos e aumento do desemprego nos próximos meses apenas alimentando essas preocupações.

    “Vemos como cada vez mais provável que uma recessão e um desemprego mais alto sejam necessários para domar a inflação, com um quadro macro tão sombrio pairando sobre os mercados”, disse Geir Lode, chefe de ações globais da Federated Hermes.

    O Wells Fargo disse que as chances de uma recessão agora são de mais de 50% após a decisão do Fed.

    O S&P 500 caiu 22,6% no acumulado do ano e está em um mercado de tendência de baixa, com os investidores lutando com uma forte desaceleração no crescimento. Os índices Nasdaq Composite e S&P 500 devem ter a 10ª queda semanal nas últimas 11 semanas.

    “Tecnicamente, o mercado continua fraco”, disse Peter Cardillo, economista-chefe de mercado da Spartan Capital Securities, em Nova York.

    “O rali do Fed está desaparecendo à medida que os investidores questionam a capacidade do banco central de orquestrar um pouso suave. O mercado em baixa ainda está em pleno vigor e ainda não atingiu um nível em que as ações possam se recuperar confortavelmente.”

    Por volta das 10h, o Dow Jones caía 692,04 pontos, ou 2,26%, enquanto o S&P 500 recuava 2,79% e o Nasdaq Composite, 3,21%.

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