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    Brasil tem cinco casos confirmados de varíola dos macacos

    Foram registrados três casos em São Paulo, um no Rio Grande do Sul e um no Rio de Janeiro, de acordo com o Ministério da Saúde

    Lucas Rochada CNN , em São Paulo

    O Brasil tem cinco casos confirmados da varíola dos macacos, três em São Paulo, um no Rio Grande do Sul e um no Rio de Janeiro. Oito casos suspeitos seguem em investigação. Até o momento, nenhuma morte foi registrada no país.

    As informações foram atualizadas pelo Ministério da Saúde em nota divulgada nesta quarta-feira (15).

    “As medidas de controle foram adotadas de forma imediata, como isolamento e rastreamento de contatos em voo internacional com o apoio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O Ministério da Saúde, por meio da Sala de Situação e do CIEVS Nacional, segue em articulação direta com os estados para monitoramento dos casos e rastreamento dos contatos”, diz a nota.

    Terceiro caso confirmado em São Paulo

    A cidade de São Paulo confirmou, na noite de terça-feira (14), o terceiro caso de varíola dos macacos. O paciente é um homem, de 31 anos, que está internado no Instituto de Infectologia Emílio Ribas e apresenta bom estado de saúde.

    Segundo as autoridades sanitárias, o caso é considerado importado por apresentar histórico de viagem para países da Europa. A análise foi realizada pelo Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo.

    Primeiro caso confirmado no Rio de Janeiro

    O Rio de Janeiro confirmou, nesta quarta-feira (15), o primeiro caso da varíola dos macacos na capital fluminense.

    De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, o paciente é um homem, de 38 anos, que mora em Londres e chegou ao Brasil no dia 11 de junho. Ele procurou atendimento médico no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) no dia 12.

    Morte em Minas Gerais descartada para a doença

    O Ministério da Saúde informou, nesta quarta-feira, que a morte de um paciente em investigação em Minas Gerais não foi causada pela varíola dos macacos.

    Os exames estão sendo conduzidos pela Fundação Ezequiel Dias. O homem, de 41 anos, não tinha histórico de viagem ou contato com caso suspeito ou confirmado da doença.

    As causas da morte permanecem em investigação, segundo o ministério.

    Primeiros casos confirmados

    O primeiro caso foi confirmado na quinta-feira (9) na capital paulista. O paciente é um homem de 41 anos que está internado no Instituto de Infectologia Emílio Ribas com boa evolução do quadro clínico.

    Um homem de 29 anos de Vinhedo, interior de São Paulo, com histórico de viagem para Portugal e Espanha, também testou positivo para a varíola dos macacos no sábado (11).

    O terceiro caso de varíola dos macacos no Brasil foi confirmado no domingo (12). Trata-se de um homem de 51 anos, que está isolado em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, após viagem a Portugal.

    O caso foi notificado à Saúde pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) do Rio Grande do Sul após a confirmação laboratorial por RT-PCR realizada pelo Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo.

    Emergência

    O número de casos de varíola dos macacos confirmados passam de 1.600 em todo o mundo, incluindo dados dos sete países endêmicos para a doença e dos 32 recém-afetados pelo surto da doença. As informações foram divulgadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta terça-feira.

    Segundo a OMS, quase 1.500 casos suspeitos estão em investigação. Até o momento, 72 mortes foram registradas em países da África. De acordo com o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, nenhum óbito foi confirmado nos países considerados não endêmicos até o momento.

    Diante deste cenário epidemiológico, a OMS vai convocar o Comitê de Emergência sob o Regulamento Sanitário Internacional na próxima semana, para avaliar se esse surto representa uma emergência de saúde pública de interesse internacional.

    A OMS recomendou a vacinação contra a varíola para grupos prioritários, incluindo profissionais de saúde em risco, equipes de laboratório que atuam com ortopoxvírus, especialistas em análises clínicas que realizam diagnóstico para a doença e outros que possam estar em risco de acordo com autoridades nacionais de saúde pública.

    As primeiras recomendações da OMS sobre o tema foram publicadas em um guia provisório a partir da consultoria do Grupo Consultivo Estratégico de Peritos (SAGE, na sigla em inglês). No documento, a OMS enfatiza que a vacinação em massa não é necessária nem recomendada para varíola no momento.

    (Com informações de Rudá Moreira, Júlia Vieira, Ingrid Oliveira, Camille Couto, Léo Lopes, Carolina Figueiredo e Iuri Corsini, da CNN)

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