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    Advogada denuncia racismo em loja de shopping no Rio de Janeiro

    Em nota, a assessoria da empresa reforçou não tolerar atos de discriminação e lamenta que a cliente tenha se sentido desta maneira em uma de suas lojas

    Catarina Nestlehnerda CNN* , São Paulo

    A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos (Decradi) investiga uma denúncia de racismo contra uma advogada em uma loja de um shopping no bairro da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Um vídeo mostra o momento em que a mulher foi abordada por seguranças ao tentar sair da loja.

    Em um vídeo postado nas redes sociais, Ingryd Souza contou estar saindo da Zara acompanhada de seu marido, com uma bolsa que continha uma blusa e um vestido adquirido na loja, quando foi abordada por um funcionário após apitar o sensor.

    Em seguida, a advogada respondeu estar tudo pago. “[A funcionária] mostrou que no tablet dela constava pelo sistema uma blusa de seda na minha bolsa, e perguntou se eu havia comprado […] ela nos liberou e tentamos sair novamente, e apitou novamente o sensor e aí a funcionária já chamou o segurança”, contou.

    Quando a mulher retornou à loja, a funcionária da loja disse que, além da blusa, constava no sistema também uma calça não paga. “Abri a minha bolsa, tirei a blusa que comprei e o vestido, mostrei a nota e perguntei onde estava a blusa e a calça que constava no sistema dela”, disse a advogada.

    Ingryd contou que a colaboradora da loja e o segurança disseram estar agindo daquela forma para protegê-la em outra loja, uma vez que o sistema poderia apitar, e que não tinha relação nenhuma com a Zara.

    A advogada conta, ainda, que quando seu marido começou a gravar a abordagem, os funcionários pediram desculpas e disseram que ela poderia ir embora, e que o sensor não apitaria mais.

    Ingryd Souza reiterou em sua postagem que o marido não foi revistado mesmo estando com três bolsas e uma mochila por ‘ser visto como branco’. Além disso, a mulher afirmou que processará a empresa.

    Em um post, a advogada compartilhou que registrou a ocorrência contra a loja nesta segunda-feira (20).

    Em nota, a assessoria da Zara reforçou ser uma empresa que não tolera nenhum ato de discriminação e lamenta que a cliente tenha se sentido desta maneira em uma de suas lojas.

    Além disso, a empresa ressaltou que “está reforçando todos os processos e políticas de atendimento com as equipes para que suas lojas sejam sempre um ambiente seguro, acolhedor e inclusivo para todos”, afirmou.

    A Polícia Civil do Rio de Janeiro afirmou que o caso foi registrado e segue em investigação.

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