Partidos à direita reclamam de falta de atenção de Nunes
PL de Bolsonaro e União Brasil apontam clima de "já ganhou" em campanha
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), tem sido alvo de críticas de aliados pelo que consideram falta de atenção do prefeito com partidos que o apoiam.
A campanha de reeleição do prefeito está sustentada por um arco de aliança formado por dez siglas: MDB, PL, PP, PSD, Republicanos, Solidariedade, Avante, PRD, Podemos e Mobiliza.
Nunes ainda trabalha pelo apoio integral da federação PSDB-Cidadania, que se divide em lançar uma candidatura própria e apoiar um candidato de outro partido.
Nesta semana, a CNN confirmou a pré-candidatura do apresentador José Luiz Datena.
A extensa adesão de partidos à campanha de Nunes reacendeu a discussão sobre a vice do prefeito. A indicação para a vaga é condição para selar o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O ex-mandatário insiste em um nome linha dura, com preferência para o ex-comandante da Rota, Ricardo Mello Araujo.
Nunes resiste e prefere um civil para o posto. Ele já disse, mais de uma vez, que a escolha se dará em acordo com os dez partidos de sua base.
Esse é um dos pontos que têm deixado os bolsonaristas irritados. Sob reserva, aliados do ex-presidente também reclamam da falta de bandeiras e de um posicionamento claro sobre o que defende.
Sob argumento da falta de diálogo com Nunes, esse núcleo do PL tem ameaçado apoiar outras candidaturas à direita. Já a ala pragmática do partido de Bolsonaro, coordenada pelo presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, mantém uma postura menos ofensiva e já avisou que não obrigará parlamentares a aderirem à campanha de reeleição do prefeito.
A mesma reclamação se ouve entre os caciques do União Brasil no estado. O presidente da Câmara de Vereadores de SP, Milton Leite, disse que atuará para assumir a vaga. Nunes já avisou que a prioridade não está com Leite.
A CNN procurou o prefeito emedebista, mas não obteve resposta até o momento.