Vacinas de RNA mensageiro para Covid não suspendem menstruação, diz órgão da UE

Os dados disponíveis sugerem que as vacinas de RNA mensageiro (mRNA) contra a Covid-19 não são causa de ausência de menstruação. A conclusão é do regulador de saúde da União Europeia. O anúncio foi realizado na sexta-feira (10).

A avaliação foi motivada por relatos de distúrbios menstruais após o recebimento de uma ou duas doses das vacinas da Moderna ou da Pfizer, que utilizam a tecnologia mRNA.

Os distúrbios menstruais podem ocorrer devido a uma série de razões, incluindo condições médicas prévias, bem como estresse e cansaço. As autoridades de saúde destacaram que também foram relatados casos semelhantes após a infecção pelo coronavírus.

Ausência de menstruação é definida como falta de sangramento por um período de 90 dias ou mais.

Enquanto isso, o Comitê de Avaliação de Risco de Farmacovigilância da Agência Europeia de Medicamentos (PRAC, na sigla em inglês) ainda está investigando casos de sangramento menstrual intenso que podem estar relacionados às duas vacinas.

Relatos de menstruações abundantes – sangramento caracterizado por aumento de volume ou duração que interfere na qualidade de vida – foram destacados como uma preocupação potencial após um estudo na Noruega sugerir um aumento nos casos do fenômeno após a vacinação.

Na sexta-feira, o PRAC disse que revisou todos os dados disponíveis sobre o possível risco, mas solicitou aos fabricantes de vacinas que fornecessem uma revisão cumulativa atualizada dos casos.

(Editado por Louise Heavens)