Teto do ICMS terá reflexo “imediato” no preço dos combustíveis, diz deputado
Projeto deve ser votado no Senado Federal na próxima segunda-feira (13); redução média prevista é de 9% a 12%
O deputado federal Danilo Forte (União-CE), relator do projeto de lei que estabelece um teto de 17% na cobrança do ICMS nos combustíveis, defende a medida terá efeito “imediato” na diminuição do preço da gasolina e diesel. O texto, relatado Fernando Bezerra (MDB-PE), deve ser votado no Senado Federal na segunda-feira (13).
“A média nacional de redução nos combustíveis fósseis é de algo em torno de 9% a 12%, variando de estado para estado. Na energia, o efeito será mais imediato, porque é um preço unificado e o controle é feito pela Aneel, de 10% a 12%; na telecomunicação, de 10%”, explica.
Atrito com governadores
O PLP 18/2022 tem sido constantemente criticado pelos governadores pelo fato do tributo ser a principal fonte de arrecadação dos Estados. Os gestores estaduais alegam que a medida não terá resultado na prática. O parlamentar nega.
“Se você entender que o Rio de Janeiro tem a maior matriz de geração de energia no país, as maiores refinarias, por que o Estado está pagando uma conta desse? Porque 34% do valor é o ICMS cobrado pelo governo. Não precisa fazer muita conta. Se você diminui 34% d ICMS para 17%, automaticamente você tem um reflexo na bomba”, detalha Fortes.
Os governadores também defendem que o projeto pode quebrar as contas estaduais, mas o parlamentar afirma que, com a diminuição no gasto com combustíveis, a população terá mais dinheiro disponível para gastar com outros serviços e produtos. “Vai aumentar a fluidez e o fluxo de dinheiro em outros setores. Os governadores que estavam acostumados a recolher os recursos na distribuição de energia e combustível, agora vão ter outras fontes de arrecadação a partir do dinheiro que será usado no supermercado e na farmácia, por exemplo”.
Assista à entrevista completa no vídeo acima