Waack: Países não têm amigos, países têm interesses
No caso dos Estados Unidos, aumentou o interesse pelo Brasil depois da mudança geopolítica trazida pela guerra na Ucrânia. No caso do Brasil, o interesse é garantir que a nova ordem internacional não deixe o país isolado
Joe Biden e Jair Bolsonaro não vão um com a cara do outro, mas o encontro entre os presidentes dos Estados Unidos e do Brasil, em Los Angeles, evidencia mais uma vez que países não têm amigos, têm interesses.
No caso dos Estados Unidos, aumentou o interesse pelo Brasil depois da grande mudança geopolítica trazida pela guerra na Ucrânia, ponto que ficou bastante evidente em várias afirmações de Joe Biden.
No caso do Brasil, o interesse é garantir que a nova ordem internacional, de novo no meio de uma guerra fria, não deixe o país isolado em um dos blocos, ponto ressaltado por Bolsonaro.
No restante, os dois reiteraram as conhecidas posições.
Biden preocupado com Amazônia e democracia. Bolsonaro com o que chama de soberania e liberdade.
E ambos, quando saíram do primeiro encontro presencial entre eles, preocupados é em sobreviver nas próximas eleições.