Partido Conservador mantém Boris Johnson como premiê
Após cerca de duas horas de votação, ficou decidido que primeiro-ministro britânico deve permanecer no cargo
O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, enfrentou nesta segunda-feira (6) um voto de desconfiança, desencadeado por legisladores descontentes em seu próprio partido.
Após cerca de duas horas de votação, porém, ficou decidido que o premiê deve permanecer no cargo.
211 deputados apoiaram Johnson na votação, contra 148 que votaram contra ele.
A margem de 63 votos que beneficiaram o primeiro-ministro é considerada pequena, de acordo com seus aliados, que idealizavam cerca de 80 votos de diferença.
O resultado de hoje indicou que 58,6% dos parlamentares conservadores apoiam o premiê. Em 2018, quando o Reino Unido também por este processo, a ex-primeira-ministra Theresa May teve um apoio de 63% de seus parlamentares (200, em um partido parlamentar muito menor).
Na avaliação do analista de Internacional da CNN Lourival Sant’Anna, apesar do resultado favorecer Johnson neste momento, o processo em que está envolvido “reflete um enfraquecimento dele no cargo”.
“A pessoa que sofre um processo desse, mesmo que ela não seja derrubada na primeira votação – e ele tem ainda um ano no cargo –, geralmente, depois essa pessoa sofre um novo processo e é derrubada”, explicou o analista.
Contexto
A liderança de Johnson foi abalada pelo chamado escândalo “Partygate”, com meses de alegações de festas e reuniões na sede de seu governo durante vários estágios de lockdown durante a pandemia, corroendo a confiança da população.
O premiê também foi criticado por sua resposta à alta inflação.
Sob as regras do Partido Conservador, se os parlamentares querem se livrar de seu líder, enviam uma carta confidencial de desconfiança ao presidente do Comitê de 1922, um grupo de legisladores de bancada que não ocupam cargos no governo.
*Com informações de Ivana Kottasová, da CNN
**Em atualização