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    Setor hoteleiro ajuda a impulsionar crescimento do PIB do 1º trimestre de 2022

    Réveillon e Carnaval foram as principais datas responsáveis pela alta do segmento; Segundo semestre deve seguir com aumento de procura, de acordo com entidades do setor

    Fachada do hotel Copacabana Palace, no Rio de Janeiro
    Fachada do hotel Copacabana Palace, no Rio de Janeiro Wikimedia Commons

    Nathalie Hanna Alpacada CNN Rio de Janeiro

    A economia brasileira avançou 1% no primeiro trimestre de 2022 em comparação com os últimos três meses do ano passado, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (2).

    Essa alta foi influenciada, em especial, pelo segmento de “outros serviços”, que engloba serviços como a rede hoteleira e os bares e restaurantes.

    O setor hoteleiro foi impulsionado, neste ano, principalmente por datas como o Réveillon e o Carnaval. Segundo a Federação Brasileira de Alimentação e Hospedagem (FBHA), a flexibilização das medidas restritivas contra a Covid-19 beneficiou a categoria.

    “Houve uma necessidade de as pessoas saírem do isolamento por conta da saúde mental, gastos seletivos no lazer por aqueles que mantiveram a renda e a procura por fins de semana para serem aproveitados com a família”, disse o presidente da Federação, Alexandre Sampaio.

    “Apesar da inflação, os preços dos hotéis e restaurantes ainda estão competitivos, face às passagens aéreas. Os feriados, a alta temporada de janeiro até o carnaval, junto com as férias escolares, representam grande parte desta demanda reprimida que não foi aproveitada pelas viagens”.

    Para ele, a expectativa para os próximos meses é boa para a rede hoteleira. E, mesmo com o retorno dos casos de Covid-19, o setor precisa continuar conciliando o recebimento dos turistas e as medidas sanitárias para não ter prejuízos. “Imaginamos que o verão do ano próximo recuperaremos plenamente o movimento pré-pandemia”.

    Em relação aos bares e restaurantes, Sampaio indica que se estima uma queda de 50% a 70% nos prejuízos financeiros com relação ao período pré-pandemia. Para ter um comparativo, o presidente da FBHA mencionou o Carnaval, que é responsável por 30% de todo o faturamento do turismo em fevereiro.

    O presidente da ABIH-RJ e do HotéisRio, Alfredo Lopes, informou que o setor teve um grande impulso a partir do final do ano, quando o réveillon de 2022 bateu uma ocupação de 92%. Já o carnaval de fevereiro, foi de 82%.

    Lopes frisa que o segundo semestre deste ano será focado ainda no mercado nacional, já que o internacional está com uma retomada lenta. Entretanto, o presidente diz que há uma esperança para este ano.

    “Esse carnaval, que foi prorrogado para abril, gerou uma alta temporada para o Rio. Tivemos janeiro, fevereiro, março e abril com alta ocupação e sem dúvida nenhuma deu uma refrigerada no setor. Agora estamos com ocupações elevadas nos finais de semana”, analisa.

    “Vamos ter muitos eventos no Rio nesse segundo semestre. Isso nos dá uma certa esperança de que esse ano as ocupações sejam médias. Não vamos chegar a ter ocupações similares ou maiores que os anos anteriores à pandemia, mas com a ocupação que eu diria que traz um certo conforto para a rede hoteleira”.

    Para o economista da CNC, Fabio Bentes, o setor hoteleiro está entre os que cresceram acima da média.

    “Ele é um dos setores que compõem o grupo outros serviços e que certamente contribuiu para o destaque do PIB no primeiro trimestre. Risco a dizer que ele está entre esses serviços que cresceram acima da média”, diz Bentes.