Petróleo fecha em alta, com Opep+, estoques dos EUA e embargo da UE a óleo russo
Aumento anunciado pela Opep é visto como insuficiente pela agência Dow Jones Newswires
Os contratos futuros de petróleo fecharam com ganhos, nesta quinta-feira (2). Investidores avaliaram o anúncio da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) sobre o aumento na sua oferta nos próximos meses.
Além disso, o dado de estoques dos Estados Unidos na última semana apoiou a commodity, com operadores também analisando o avanço da União Europeia rumo a um gradual embargo às compras de petróleo da Rússia.
O petróleo WTI para julho fechou em alta de 1,40% (US$ 1,61), a US$ 116,87 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para agosto avançou 1,14% (US$ 1,32), a US$ 117,61 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
O recuo do dólar colaborou para o movimento, já que isso apoia as compras por detentores de outras moedas. Também hoje, a Opep+ decidiu elevar o aumento mensal na oferta em julho a 648 mil barris por dia. A entidade disse em comunicado que o aumento de 432 mil barris por dia previsto para setembro será adiantado e distribuído igualmente entre julho e agosto.
Segundo análise da agência Dow Jones Newswires, porém, esse acordo anunciado nesta quinta foi visto como pouco pelos mercados, por isso a alta dos contratos.
A agência cita riscos na oferta da Rússia, diante da guerra na Ucrânia e das sanções subsequentes, e mesmo a dificuldade da Opep de elevar sua produção recentemente, devido a problemas na oferta em alguns países do grupo.
Na agenda dos EUA, os estoques de petróleo recuaram 5,068 milhões de barris na semana, ante previsão de queda de 500 mil barris. Após o dado oficial, o petróleo ganhou força.
Ainda no noticiário, a União Europeia avançou para aprovar novo pacote de sanções contra a Rússia, com embargo gradual das compras do óleo.
Para o vice-premiê russo, Alexander Novak, o mercado de petróleo deve agora se equilibrar, após o embargo da UE. Novak advertiu que os consumidores europeus serão os primeiros a sofrer com a medida.