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    Tendência é de redução do número de fumantes no Brasil, diz especialista

    À CNN Rádio, o patologista Paulo Saldiva afirmou que relatório da OMS expõe danos do cigarro para fumantes, fumantes passivos e para o meio-ambiente

    Amanda GarciaIsabel Campos , São Paulo

    Neste 31 de maio é comemorado o Dia Mundial Sem Tabaco. A Organização Mundial da Saúde (OMS), na segunda-feira (30), divulgou um relatório que atribui à indústria tabagista a morte de mais de 8 milhões de pessoas todos os anos, além de destruir o meio ambiente e a saúde humana.

    Em entrevista à CNN Rádio, o médico patologista e professor da Faculdade de Medicina da USP, Paulo Saldiva, avaliou que o número é “muito grande, e que o tabaco continua sendo fonte importante apesar da redução em alguns países.”

    “A bituca é um cigarro parcialmente queimado e já produziu aquilo que afeta a saúde humana”, explicou.

    O patologista acredita que o “tabaco ainda vai ser um problema por muito tempo”, já que a indústria “está procurando lançar novas estratégias”, como os cigarros eletrônicos.

    “Precisaria ter uma política de controle mais eficiente e principalmente enfrentar a posição da indústria do tabaco, que quer proteger a si mesma”, defendeu.

    Mesmo assim, Paulo Saldiva reforçou que “sem dúvida” a tendência é de redução do número de fumantes no Brasil e que, no futuro, “o tabaco vai permanecer apenas como registro histórico, assim como o ópio”.

    “O Brasil nos anos 60 tinha entre 30 e 35% de fumantes e hoje temos ao redor de 10% da população que é fumante”, completou.

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