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    Filme “Triangle of Sadness” ganha a Palma de Ouro em Cannes

    Longa do diretor sueco Ruben Ostlund com o ator Woody Harrelson é o grande vencedor da noite; confira outros premiados

    Mindy BurrowsHanna RantalaMimosa Spencerda Reuters

    “Triangle of Sadness”, filme do diretor sueco Ruben Ostlund, ganhou a Palma de Ouro de Melhor Filme no Festival de Cinema de Cannes neste sábado (28).

    “Quando começamos a fazer este filme, acho que tínhamos um objetivo: tentar fazer um filme realmente emocionante para o público e trazer conteúdo instigante”, disse Ostlund.

    “Queríamos entretê-los, queríamos que eles se fizessem perguntas, queríamos que depois da exibição saíssem e tivessem algo para falar”, acrescentou.

    Explorando noções de beleza e privilégio, o filme envia duas modelos em um cruzeiro de luxo – apenas para deixá-las presas em uma ilha deserta com um punhado de funcionários e convidados bilionários. O atendente do banheiro prova ter as melhores habilidades de sobrevivência e as estruturas sociais são derrubadas.

    “A coisa sobre Ostlund é que ele faz você rir, mas também faz você pensar”, disse a “Variety” em sua crítica ao filme. “Não importa em que esfera ele aborde, somos obrigados a ver o mundo de maneira diferente.”

    Ostlund ganhou a Palma de Ouro em 2017 por seu filme “The Square: A Arte da Discórdia”, uma sátira sobre um prestigiado curador de arte.

    O festival premiou dois filmes com o Grand Prix: “Close”, um filme do diretor belga Lukas Dhont sobre amizade e masculinidade, e “Stars at Noon”, que se passa na Nicarágua moderna, da cineasta francesa Claire Denis.

    O prêmio do júri também foi para dois filmes, “As Oito Montanhas”, dos diretores belgas Felix Van Groeningen e Charlotte Vandermeersch e “EO”, do diretor polonês Jerzy Skolimowski, que é contado através dos olhos de um burro.

    “Obrigado, meus burros”, disse Skolimowski, em seu discurso de aceitação.

    A estrela sul-coreana Song Kang-ho ganhou o prêmio de melhor ator por seu papel em “Broker”, enquanto o diretor sul-coreano Park Chan-wook ganhou o prêmio de melhor diretor por seu thriller romântico “Decision to Leave”.

    A iraniana Zar Amir Ebrahimi, que ganhou o prêmio de melhor atriz por seu papel como jornalista rastreando um serial killer em “Holy Spyder”, ficou visivelmente emocionada.

    “Talvez me ter aqui esta noite seja apenas uma mensagem – especialmente para as mulheres, mulheres iranianas”, disse ela em uma entrevista coletiva logo após a cerimônia, quando questionada sobre uma aparente manifestação de apoio a ela nas mídias sociais, que ela disse que não viu.

    A atriz francesa Carole Bouquet anunciou um prêmio surpresa de 75 anos para marcar o aniversário do festival. Foi para os irmãos diretores belgas Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne, por “Tori e Lokita”.

    Para sua edição de 75 anos, o festival retomou seu calendário tradicional em maio, após dois anos de interrupções pandêmicas e marcou o retorno de festas e encontros presenciais – ambos não permitidos no ano passado devido aos rígidos protocolos Covid-19.

    Confira o tapete vermelho do Festival de Cinema de Cannes:

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