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    Leite queria perdão da dívida, mas Haddad ofereceu suspensão e renúncia de juros

    Próprio governador do Rio Grande do Sul confirmou sua demanda em transmissão nesta segunda-feira (13)

    Danilo Moliternoda CNN

    Durante as negociações entre o governo federal e o gaúcho sobre a suspensão da dívida do estado, o governador Eduardo Leite pediu a “quitação” dos valores devidos pelo estado. O Ministério da Fazenda, por sua vez, ofereceu a suspensão das obrigações por três anos e o perdão a juros sobre o estoque.

    O próprio governador do Rio Grande do Sul confirmou sua demanda em transmissão nesta segunda-feira (13), em que foi anunciada a suspensão. Na prática, Leite pediu o perdão de R$ 92,8 bilhões — dívida consolidada líquida do estado com a União.

    “A nossa demanda inclui um pedido de quitação dos valores. Até aqui, isso não se viabilizou”, disse o governador.

    Após a fala do gaúcho, Fernando Haddad, ministro da Fazenda, destacou as cifras envolvidas na oferta da Fazenda, que totalizam R$ 23 bilhões em socorro ao estado.

    Caso o projeto de lei complementar (PLC) a ser enviado ao Congresso Nacional seja aprovado, imediatamente serão liberados ao estado R$ 11 bilhões em recursos financeiros, que podem ser utilizados nos próximos 36 meses.

    Além disso, ao final do período de três anos, os juros serão perdoados, o que resultará em uma renúncia de R$ 12 bilhões adicionais por parte da União (em valores que seriam pagos pelo estado).

    O cálculo é o seguinte: são cerca de R$ 100 bilhões em dívidas, sendo que incidem 4% em juros ao ano; por três anos, os valores pagos totalizariam R$ 12 bilhões.

    “O juro estará sendo perdoado. Só para que fique registrado”, respondeu o ministro da Fazenda minutos depois.

    Os valores se somam a outros R$ 12 bilhões em recursos orçamentários destinado ao estado. O presidente Lula, que participou do anúncio, pediu a Eduardo Leite, após sua “troca” com Haddad, que “não pare de reivindicar ajuda ao Rio Grande do Sul”.

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