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    Guerra na Ucrânia agrava riscos à estabilidade financeira da zona do euro, diz BCE

    Conflito impulsionou os preços de energia e de commodities e agravou os riscos para a inflação e o crescimento do bloco

    Sergio Caldas, do Estadão Conteúdo

    As condições de estabilidade financeira na zona do euro pioraram em meio ao conflito entre Rússia e Ucrânia, que impulsionou os preços de energia e de commodities e agravou os riscos para a inflação e o crescimento do bloco, segundo relatório de estabilidade financeira publicado pelo Banco Central Europeu (BCE) nesta quarta-feira (25).

    “A terrível guerra na Ucrânia trouxe imenso sofrimento humano”, diz o vice-presidente do BCE, Luis de Guindos, no documento.

    “Também ampliou os riscos à estabilidade financeira por meio de seu impacto em virtualmente todos os aspectos da atividade econômica e condições de financiamento”, acrescenta.

    No relatório, o BCE avalia que a reação dos mercados financeiros à invasão da Ucrânia por força russas foi em grande parte ordenada, mas ressalta que os preços de energia e de commodities seguem elevados e voláteis, causando “algum distúrbio” nos mercados de derivativos desses produtos.

    O BCE também prevê que as fragilidades podem aumentar em função da trajetória incerta da guerra e de mudanças nas expectativas para a normalização de políticas em economias avançadas.

    Outros fatores, como uma piora mais generalizada da pandemia de Covid-19, fraquezas em importantes países emergentes ou uma desaceleração mais pronunciada da atividade econômica chinesa, também podem influenciar os riscos ao crescimento e inflação da zona do euro, de acordo com o BCE.

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