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    Guedes cita lei e eleição e diz que servidor só pode ter reajuste linear de 5%

    Ministro reconhece que há pressão de categorias para reajustes superiores, mas a legislação impede qualquer aumento diferente

    Fernando Nakagawado CNN Brasil Business , Enviado especial a Davos

    A legislação e o ano eleitoral restringem o espaço para atualizar salários de servidores públicos a um aumento linear de 5%. A afirmação foi feira pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.

    “A inflação acumulada nesse ano foi de 5% até agora. É possível repor o funcionalismo [com a inflação] desse ano? Sim. É possível. Até 5% dá. Essa é a conversa hoje”, disse o ministro após painel do Fórum Econômico Mundial, em Davos.

    Guedes negou a possibilidade de um reajuste superior à inflação. “É por lei. Em ano eleitoral, você só pode dar [reajuste] linear e até a inflação. Não é uma coisa filosófica. O presidente gostaria de aumentar para os policiais? Não pode ser diferenciado. É ano eleitoral”, explicou.

    O ministro reconhece que há pressão de categorias para reajustes superiores, mas a legislação impede qualquer aumento diferente —independentemente da categoria.

    Guedes citou também que, diante da situação econômica gerada pela pandemia e guerra na Ucrânia, é comum ocorrer perdas de renda. “Quando há uma guerra, as pessoas perdem um pouco. Todo mundo perdeu, no mundo inteiro”, disse, ao comentar que, agora, o importante é entender o que é possível fazer à frente com os salários.

    Nos últimos dias, o presidente Jair Bolsonaro voltou a citar categorias que reclamam por reajustes maiores, como policiais federais e agentes penitenciários. Na live semanal nas redes sociais da semana passada, o presidente mencionou algumas dessas categorias, mas disse que o governo não tem dinheiro para aumentar salários além dos 5%. Explicou, porém, que o “martelo não estava batido”.

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