Amber Heard e Jason Momoa “não tinham química”, diz presidente da DC Films
Walter Hamada afirma que atriz não tinha química com o herói de "Aquaman" e desmente argumentos de que ela teria sofrido retaliações por problemas com Johnny Depp
O principal executivo da DC Films, que produziu “Aquaman”, testemunhou que a equipe criativa estava preocupada com o papel de Amber Heard na sequência do filme devido à falta de química com o ator Jason Momoa.
Nesta terça-feira (24), um depoimento gravado em março de Walter Hamada, presidente da DC Films, que é uma divisão da Warner Bros., foi apresentado ao júri no julgamento de difamação entre Heard e seu ex-marido, Johnny Depp.
Hamada testemunhou que “Aquaman” foi o filme de maior bilheteria de todos os tempos para a empresa, e que o estúdio nunca planejou chamar Heard como co-protagonista em “Aquaman 2” e que o papel da atriz não foi reduzido no próximo filme, intitulado “Aquaman, o Reino Perdido”.
“O tamanho do papel do filme que ela tem foi determinado no início do desenvolvimento do roteiro, que teria acontecido em 2018. Desde os estágios iniciais de desenvolvimento do roteiro, o filme foi construído em torno do personagem de Arthur e do personagem Orm. Arthur sendo Jason Momoa e Orm sendo Patrick Wilson. Eles sempre foram os protagonistas do filme.”
Amber Heard testemunhou que acredita que seu papel em “Aquaman 2” foi reduzido e que ela “teve que lutar até mesmo para estar no filme”, que está em pós-produção e programado para estrear em 2023.
Mas Hamada disse em seu depoimento que depois de filmar “Aquaman”, houve uma discussão sobre o papel da atriz em uma sequência.
“Acho que editorialmente eles conseguiram fazer esse relacionamento funcionar no primeiro filme, mas havia uma preocupação de que era preciso muito esforço para continuarmos e seria melhor reformular, encontrar alguém que tivesse uma química melhor e mais natural com Jason Momoa e seguir em frente dessa maneira”, testemunhou Hamada.
Hamada testemunhou que a dupla parecia ter uma boa química em “Aquaman”, mas que o filme contou com a “mágica da pós-produção”, incluindo edição, design de som e música, para ajudar a “construir” essa química.
“É como o que faz de uma estrela de cinema uma estrela de cinema. Você sabe quando vê. E a química não estava lá”, disse Hamada no depoimento. “Um bom editor e um bom cineasta podem escolher as tomadas certas e os momentos certos e juntar as cenas contra a trilha sonora. A música na cena faz uma grande diferença.”
Hamada também testemunhou que o papel de Heard no filme e sua capacidade de renegociar sua compensação não foram afetados por seu envolvimento na disputa com Depp, ou quaisquer declarações feitas por representantes de Depp.
Nesta terça-feira também, os advogados de Heard pausaram o caso.
Amber Heard testemunhou ao longo de cinco dias este mês. Testemunhas de seu lado incluíram a atriz Ellen Barkin, cujo testemunho gravado foi exibido para os jurados na semana passada. Barkin afirmou que, enquanto estava em um relacionamento sexual com Depp na década de 1990, uma vez viu o ator jogar uma garrafa de vinho na parede durante uma briga.
Uma moção para anular as reconvenções de Heard contra Depp foi negada.
Sua equipe deve continuar apresentando testemunhas de refutação a partir desta quarta (25), que podem incluir Kate Moss, ex-namorada de Depp.
Os argumentos finais são esperados na sexta-feira.