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    Dia das Mães: 8 livros sobre relações maternais para dar de presente

    Enredos abordam relações familiares, educação de filhos e o que eles podem ensinar, adoção, criação de expectativas e sonhos

    Pedro N. Jordãoda CNN

    Com filhos ou não, as mulheres são 57% dos leitores brasileiros, segundo a pesquisa “Panorama do Consumo de Livros”, feita no final de 2023 a pedido da Câmara Brasileira do Livro (CBL). Conheça abaixo oito livros sobre relações maternais para dar de presente neste domingo (12), Dia das Mães.

    Estão na lista autoras consagradas e contemporâneas como Elena Ferrante, Anne Ernaux e Giovana Madalosso.

    Os enredos abordam relações familiares, a educação de filhos e o que eles podem ensinar às mães, adoção, criação de expectativas e sonhos, a vida além da maternidade das mulheres.

    1) “A filha perdida”, de Elena Ferrante

    Lançado em 2016 pela editora Intrínseca, o livro conta a história de Leda, uma professora universitária de meia-idade que decide passar férias sozinha no litoral sul da Itália.

    Ela começa a observar uma família que mora na região, principalmente a jovem Nina e a filha pequena dela, Elena, que fazem Leda lembrar de si mesma no passado.

    O encontro das personagens leva a uma trama sobre maternidade e as consequências que a família pode acarretar à vida de diferentes gerações de mulheres.

    O livro foi adaptado para o cinema em 2021. O filme homônimo está disponível na Netflix.

    2) “Uma mulher”, de Annie Ernaux

    Em mais uma de suas autossociobiografias, Annie Ernaux narra as memórias que guarda da mãe, escritas nos meses seguintes à morte dela.

    O livro de apenas 64 páginas é o último lançamento da autora no Brasil e foi publicado pela editora Fósforo.

    Ernaux ganhou prêmio Nobel pelo conjunto de sua obra em 2022.

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    3) “Minha Criança Trans?”, de Thamirys Nunes

    Lançado em 2022 de forma independente, a obra é um relato de uma mãe que percebe a transgeneridade da filha ainda criança e muda as próprias crenças e seus sonhos para acolher a menina.

    Thamirys ― dona de um perfil de mesmo nome nas redes sociais, onde fala sobre a relação com a filha ― aborda o quanto foi desacreditada por todos que estavam a sua volta, além de suas dúvidas e incertezas.

    Mas, principalmente, fala sobre a felicidade e o bem-estar que percebia na filha quando ela podia brincar com determinados brinquedos e usar algumas roupas específicas, dentre outros elementos que observou.

    4) “Extraordinário”, de R. J. Palacio

    A obra best seller de 2013 conta a história de Auggie, um menino que nasceu com uma síndrome genética rara e precisou passar por diversas cirurgias no rosto.

    A mãe dele ensina-o, com seu amor e criatividade, a usar a imaginação para lidar com problemas e preconceitos.

    O livro foi adaptado para o cinema em 2017. O filme homônimo está disponível em streaming para assinantes do Prime Video e da Netflix.

    5) “Caderno proibido”, de Alba de Céspedes

    Em Roma, nos anos 1950, Valeria leva uma vida entediante de uma mulher de classe média, dividindo-se entre os papéis de mãe, esposa e funcionária de escritório.

    Há anos ela não ouve o próprio nome ― o marido só a chama de “mamãe” ― e sua relação com os filhos é marcada por conflitos geracionais.

    Porém, secretamente, ela começa a escrever um diário e vai notando uma transformação em si mesma enquanto o faz ― cujas consequências ela ainda não sabe prever.

    O livro foi lançado no Brasil em 2022 pela editora Companhia das Letras. Céspedes é uma das maiores influências de Elena Ferrante. Ambas autoras são italianas.

    6) “Suíte Tókio”, de Giovana Madalosso

    O livro lançado em 2020 pela editora Todavia conta a história do sequestro da menina Cora, filha de Fernanda, de um bairro de classe alta pela babá Maju.

    A procura desesperada que se segue pela menina se releva um tipo de acerto de contas de Fernanda com a vida e com as expectativas que construiu.

    7) “Mika na vida real”, de Emiko Jean

    Dezesseis anos após entregar Penny para adoção, Mika, 35, recebe um telefonema da filha, que está determinada a construir uma relação com a mãe biológica.

    A vida de Mika está uma bagunça, mas, para impressionar a adolescente, se vê forçada a inventar outra realidade.

    Ela finge ser uma mulher madura e bem-sucedida na vida profissional e amorosa. Mas, apesar dos detalhes não serem verdadeiros, tudo o que compartilha com Penny é real: desejos, sonhos, medos e a relação com a cultura japonesa.

    O livro, lançado em 2024 pela editora Intrínseca, é a mais nova obra da autora best-seller do New York Times Emiko Jean.

    8) “Arroz de Palma”, de Francisco Azevedo

    Apesar de não ser focado na questão da maternidade, “Arroz de Palma” fala de família e, consequentemente, de como o processo da criação de filhos e amadurecimento é complexa e envolve diversos fatores.

    O enredo trata da imigração luxo-brasileira no século 20 e acompanha a trajetória de uma família ao longo dos anos.

    A história parte de um almoço organizado por Antônio, que tem 88 anos, para celebrar os cem anos do casamento dos pais dele. Os irmãos, já octogenários como ele, e todos os seus descendentes comparecem à celebração.

    A frase “Família é prato difícil de preparar”, que aparece no primeiro capítulo, circula de forma espontânea pelas redes sociais e transformou o livro da editora Record em um fenômeno.

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