Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Manifestantes em Israel exigem libertação de reféns e saída de Netanyahu

    Protestos acontecem por todo o país antes do Dia da Lembrança de Israel

    Eugenia YosefMohammed Tawfeeqda CNN

    Manifestantes tomaram as ruas de várias cidades de Israel no sábado (11), exigindo a libertação de todos os reféns mantidos em Gaza antes do Dia da Lembrança de Israel. Eles exigiram a renúncia do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e a realização de eleições antecipadas.

    Famílias de reféns mantidos em Gaza também participaram de protestos contra o governo, incluindo em Tel Aviv, Cesareia, Rehovot e Haifa.

    Os protestos surgem enquanto Israel se prepara para marcar o Dia da Lembrança a partir do domingo (12) à noite.

    Muitos agitaram bandeiras de Israel e seguraram cartazes com imagens dos reféns israelenses, pedindo ao governo para trazê-los vivos para casa.

    Cerca de 240 pessoas foram feitas reféns e levadas para Gaza durante o ataque do Hamas contra Israel em 7 de outubro, que também matou mais de 1.200 pessoas. Um pouco mais de 100 reféns foram libertados durante um acordo de em novembro de 2023, mas as Forças de Defesa de Israel acreditam que ainda há 132 reféns sendo mantidos em Gaza, 128 dos quais foram levados em 7 de outubro. Acredita-se que, desses 128, apenas 92 ainda estão vivos.

    Entre os presentes nos protestos de sábado estava Yael Adar, mãe de Tamir Adar, que foi sequestrado em 7 de outubro e cuja morte foi anunciada em janeiro. Ela disse que tudo o que queria era trazer de volta o corpo de seu filho para que pudesse realizar um enterro adequado.

    “Por 90 dias, lutamos por seu retorno com vida, 90 dias de esperança de que Tamir retornaria para nós, para o seio da família – uma esperança que desapareceu com a notícia de que ele não estava mais vivo”, disse Adar durante um comício.

    “Desde então, tudo o que pedimos é trazer Tamir e todos os reféns assassinados de volta para o enterro, aqui na terra que eles amavam. Para conceder a Tamir o enterro que ele merece. Para nos conceder o encerramento, para ter um túmulo onde possamos estar com a sua memória”, acrescentou.

    Hagit Chen, mãe de Itay Chen, que foi morto em 7 de outubro e cujos restos mortais foram levados para Gaza, disse que queria enterrar seu filho em paz.

    “Fui convidada a participar de muitas cerimônias para o Dia da Lembrança de Israel, mas a única cerimônia em que eu deveria estar, com minha família e com a memória de meu próprio filho, é uma cerimônia que o país não me permitiu ter”, disse Chen.

    “Quanto mais sofrimento uma pessoa pode suportar? Eu me dirijo ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu: é hora de você trazê-los de volta! Os vivos para reabilitação e os caídos para um enterro judaico respeitoso e apropriado”, acrescentou.

    Refém morreu há mais de um mês, diz Hamas

    Os protestos ocorreram enquanto as Brigadas Al Qassam, a ala militar do Hamas, afirmaram que um dos reféns israelenses mantidos em Gaza morreu há mais de um mês.

    Abu Obaida, porta-voz da ala militar, disse no Telegram que Nadav Popplewell, que tinha 51 anos quando foi sequestrado, morreu devido a ferimentos que sofreu após um ataque aéreo israelense atingir o local onde ele estava detido.

    “Sua condição de saúde se deteriorou e ele morreu porque não recebeu cuidados médicos intensivos”, disse Obaida.

    Popplewell, que tem dupla cidadania britânico-israelense, foi sequestrado do Kibbutz Nirim em 7 de outubro de 2023. Sua mãe, Channah Peri, também foi sequestrada, mas foi libertada como parte do acordo de reféns em 24 de novembro. Seu irmão Roi foi morto em 7 de outubro.

    O gabinete do primeiro-ministro israelense disse à CNN que não sabia se Popplewell estava vivo ou morto. As Forças de Defesa de Israel se recusaram a comentar.

    O Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido disse que está buscando mais informações sobre Popplewell.

    “O governo do Reino Unido tem trabalhado com parceiros em toda a região para garantir a libertação de reféns, incluindo cidadãos britânicos. Continuaremos fazendo tudo o que pudermos para garantir a libertação dos reféns”, disse o ministério à CNN.

    Tópicos