América Latina é região que mais sofrerá com “inflação muito alta” em 2022, prevê Davos
Estudo mostra que, além dos 41% que esperam “inflação muito alta”, outros 45% apostam que haverá “inflação alta” nas economias latino-americanas
A elite econômica mundial acredita que a América Latina é a região do mundo que mais vai sofrer com a disparada de preços em 2022. Pesquisa do Fórum Econômico Mundial feita com 24 economistas-chefes dos maiores bancos e multinacionais do planeta indica que, para 41% dos ouvidos, a inflação será “muito alta” na região.
O estudo mostra que, além dos 41% que esperam “inflação muito alta”, outros 45% apostam que haverá “inflação alta” nas economias latino-americanas neste ano e um grupo minoritário de 14% espera “inflação moderada”. Não há abertura dos dados por países.
Entre as outras regiões do mundo, 38% dos entrevistados esperam inflação muito alta nos Estados Unidos, 17% na Europa e apenas 4% esperam preços muito altos na China.
O documento explica que as pressões inflacionárias cresceram nos quatro primeiros meses do ano diante da interrupção nas cadeias de produção em todo o planeta como consequência da guerra na Ucrânia.
“É esperado que o efeito da guerra seja mais forte em óleo e gás neste ano, enquanto os preços de alimentos poderão ser pressionados por mais tempo”. O relatório nota, ainda, que há pressões domésticas que têm mudado a expectativa de pressão de alta transitória para um fenômeno de longo prazo em vários países.
Os economistas dão como certo que os salários não vão acompanhar os preços e haverá perda real da renda entre os países de menor renda. Entre os ouvidos, 71% concordam que a média de renda vai cair e 19% disseram que concordam fortemente com a expectativa de queda da renda