Tiririca fala em desistir da política se perder número para Eduardo Bolsonaro
Número 2222 é tido como um dos mais fáceis de memorizar pelo eleitorado e é praticamente igual ao que deve ser utilizado por Jair Bolsonaro: 22
![Deputados Tiririca e Eduardo Bolsonaro, ambos do PL-SP, disputam o número 2222 para a eleição deste ano Deputados Tiririca e Eduardo Bolsonaro, ambos do PL-SP, disputam o número 2222 para a eleição deste ano](https://preprod.cnnbrasil.com.br/wp-content/uploads/sites/12/2022/05/1653099221574364.jpg?w=1020&h=590&crop=1&quality=50)
O deputado federal Tiririca, que se tornou famoso pela carreira humorística, afirmou estar chateado com o PL. O motivo: a chance de seu número utilizado nas urnas em eleições passadas ficar agora com Eduardo Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro (PL), recém-filiado ao partido. À CNN, Tiririca comentou que poderia até mesmo desistir de tentar a reeleição a deputado federal.
“Aconteceram umas coisas com o partido que me deixaram meio chateado. Estão querendo pegar meu número para dar para o Eduardo Bolsonaro”, falou Tiririca à reportagem, entre pausas para atender a pedidos de fotos com simpatizantes ao andar pelos corredores da Câmara. No fim de 2017, Tiririca chegou a dizer que deixaria a vida política após o pleito de 2018. No entanto, voltou atrás.
Desde 2010, Tiririca usou o 2222 como seu número para ser eleito nas urnas. No entanto, segundo ele, há certa pressão para que o 2222 passe a ser utilizado por Eduardo Bolsonaro.
A CNN procurou e deputado Eduardo Bolsonaro para esclarecer a decisão sobre o número, mas ainda não obteve retorno.
O número é tido como um dos mais fáceis de memorizar pelo eleitorado e é praticamente igual ao que deve ser utilizado por Jair Bolsonaro: 22. Questionado sobre quem estaria por trás da ideia, Tiririca disse ter se “esquecido” do nome.
Articulador do PL em São Paulo e 2º vice-presidente nacional do partido, o deputado federal Capitão Augusto (PL-SP), afirmou que o número que cada candidato usará nas urnas só deve ser definido perto da convenção partidária –prevista para julho ou agosto– e que “o número para quem já tem nome não é fundamental”. O tempo de propaganda na rádio e na televisão é mais importante, defendeu.
Capitão Augusto disse ainda que o PL deve pedir que seus candidatos apresentem três opções de números para que se tente um consenso.
Puxadores de votos
Tiririca se tornou um dos maiores puxadores de votos nas últimas três eleições.
Em 2010, por exemplo, –à época no PR, que se tornou PL– Tiririca se elegeu à Câmara dos Deputados por São Paulo com 1.353.820 votos.
Ele acabou beneficiando candidatos integrantes de sua coligação que obtiveram menos de 100 mil votos, enquanto nomes de outro grupo com mais votos ficaram de fora.
Puxador de voto é o apelido dado a candidatos fortes que têm perspectiva significativa de conseguir mais votos do que os demais.
Eles conseguem fazer com que candidatos menos votados de sua legenda sejam “puxados” e eleitos por causa da grande quantidade de votos, que dará a seu partido o direito de uma bancada maior.
Essa lógica é válida para o chamado sistema proporcional –deputados federais, estaduais, distritais e vereadores. Tanto Tiririca quanto Eduardo Bolsonaro são considerados fortes puxadores de votos.
Fotos – Momentos marcantes das eleições brasileiras
- 1 de 19Apuração de votos nas eleições de 1960 Crédito: Arquivo Nacional
- 2 de 19Mesários auxiliam na votação para a eleição em São Paulo Crédito: Arquivo Nacional - 27.mar.1957
- 3 de 19Presidente Café Filho vota nas eleições de 1955 Crédito: Arquivo Nacional - 3.out.1955
- 4 de 19Pessoas aguardam na fila para votar em 1954 Crédito: Arquivo Nacional - 3.out.1954
- 5 de 19Mulher deposita seu voto na urna nas eleições de 1954 Crédito: Arquivo Nacional - -3.out.1954
- 6 de 19Presidente Eurico Gaspar Dutra (1946-1950) vota nas eleições para vereadores do Distrito Federal - o Rio de Janeiro, na época - em 1947 Crédito: Arquivo Nacional - -19.jan.1947
- 7 de 19José Linhares, que presidiu o Brasil interinamente entre outubro de 1945 e janeiro de 1946, saindo da cabine de votação após depositar seu voto na urna em 1945 Crédito: Arquivo Nacional - 2.dez.1945
- 8 de 19Pioneira Almerinda Farias Gama deposita seu voto na urna na eleição de representantes classistas para a Assembleia Nacional Constituinte de 1934. Ela foi a única mulher a votar como delegada na eleição para a Constituinte Crédito: CPDOC/FGV
- 9 de 19Jovem eleitora deposita o voto em urna, nas eleições municipais de 1988 Crédito: Museu do Voto (TSE) - 15.nov.1988
- 10 de 19Presidente Juscelino Kubitschek vota nas eleições de 1958 Crédito: Museu do Voto (TSE) - 3.out.1958
- 11 de 19Eleitores do interior de Pernambuco aprendem a votar na urna eletrônica, para as eleições de 1998 Crédito: Museu do Voto (TSE)
- 12 de 19Eleitores do interior de Pernambuco aprendem a votar na urna eletrônica, para as eleições de 1998 Crédito: Museu do Voto (TSE)
- 13 de 19Aliados comemoram eleição de Tancredo Neves, em janeiro de 1985 Crédito: Célio Azevedo/Agência Senado - 1.jan.1985
- 14 de 19Eleitor insere voto em urna de metal na eleição de 1945 Crédito: Centro de Memória Eleitoral do TRE-SP - 2.dez.1945
- 15 de 19Homem repara urnas de madeira para provável utilização na eleição de 1945 Crédito: Centro de Memória Eleitoral do TRE-SP
- 16 de 19Abertura de urna de madeira, em uma junta apuradora do TRE/SP, na eleição de 1945 Crédito: Centro de Memória Eleitoral do TRE-SP
- 17 de 19Eleitores aguardando o momento de adentrar a seção eleitoral, em São Paulo, na eleição de 1945 Crédito: Centro de Memória Eleitoral do TRE-SP - 2.dez.1945
- 18 de 19Apuração de votos realizada por uma junta apuradora do TRE/RJ, na eleição de 1945 Crédito: Museu do Voto (TSE)
- 19 de 19Panorama de uma seção eleitoral no estado de São Paulo na eleição de 1945 Crédito: Centro de Memória Eleitoral do TRE-SP - 2.dez.1945