“Ninguém vai salvar uma pessoa e perguntar em quem votou”, diz ministro da Defesa à CNN
Ao CNN Entrevistas, o ministro José Múcio Monteiro criticou a disseminação de fake news e a tentativa de politização sobre a tragédia no Rio Grande do Sul; assista à íntegra da entrevista às 21h45 deste sábado (11)
O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, criticou a disseminação de fake news e a tentativa de politização da tragédia climática no Rio Grande do Sul. Ao CNN Entrevistas, o ministro destacou que é momento de deixar as “trincheiras ideológicas” para salvar vidas.
“Tem gente que está usando esse momento para fazer política, com produções muito bem feitas, desestimulando quem está trabalhando. E dizendo que o governo federal não está fazendo nada. Nós estamos tentando enfrentar essa onda de fake news”, disse o ministro.
“Pedi para as pessoas deixarem as trincheiras políticas e ideológicas. Nós vamos primeiro salvar vidas. Ninguém vai salvar uma pessoa e perguntar em quem votou”, continuou.
O ministro ressaltou que é momento de colocar de lado a polarização política e que o clima de ódio não tem feito bem ao país, ao estimular uma divisão nacional.
Uma das maiores mobilizações do Exército
Segundo ele, ao todo, 15 mil homens das Forças Armadas têm atuado na tentativa de resgatar pessoas e animais, o que representa uma das maiores mobilizações do Exército Brasileiro.
“Esse problema (…) no Rio Grande do Sul é uma guerra. Ou guerra é só atirar e matar gente?”, questionou.
Múcio esclareceu que o Ministério da Defesa aceitou a oferta do governo uruguaio em oferecer um helicóptero para auxiliar nas buscas. E que não houve a utilização da aeronave de grande porte oferecida pelo país sul-americano por dois motivos: problema logístico para pouso e disponibilidade de aeronaves da Força Aérea Brasileira.
“O comando militar disse que estava precisando de helicóptero e o Uruguai mandou um helicóptero. Ele está trabalhando”, afirmou.
O ministro não descartou a possibilidade de utilização da aeronave de grande porte oferecida pelo governo uruguaio, mas ressaltou que é preciso identificar a sua necessidade.