Brasil ainda tem potencial para geração renovável de energia, diz especialista
À CNN Rádio, Talita Porto, vice-presidente da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, afirmou que desde 2015 houve um “crescimento vertiginoso” da energia limpa
Entre janeiro e abril de 2022, o Brasil gerou 69.748 megawatts médios para o Sistema Interligado Nacional de energia limpa. A maior parte foi entregue pelas hidrelétricas, num volume 8,4% maior no comparativo anual.
A geração eólica, que já é a terceira principal fonte de energia do país, produziu 6.505 megawatts médios, num crescimento de 7,5% em relação aos quatro primeiros meses do ano passado. Já a energia solar fotovoltaica teve geração de 1.172 megawatts médios, uma escalada de 66,8% no comparativo anual.
“Temos um 2022 muito mais positivo do que o ano anterior em termos de geração, porque São Pedro foi muito bom, 2021 foi um período muito difícil para trabalhar, foram os piores meses de todo o histórico de 90 anos, foi um desafio grande, mas conseguimos que as termelétricas reduzissem geração e pudemos aumentar as fontes renováveis”, explicou a vice-presidente da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, Talita Porto.
À CNN Rádio, ela avalia que, desde 2015, houve um “crescimento vertiginoso” da energia limpa, mas “ainda temos um potencial muito grande, já que o Brasil tem sol, vento e água. A diversidade da matriz decorre da riqueza que o país tem.”
Talita afirmou que o Brasil ainda é dependente da chuva, embora tenha diversificado a matriz com energia eólica, solar e biomassa, o que ajuda. “Mas ainda precisamos das termelétricas, porque o vento, água e sol não são tão controláveis como o combustível de uma termelétrica.”
Para o futuro, a vice-presidente da CEE aposta na modernização do setor, que, segundo ela “é um projeto de estado”: “Ele vem caminhando desde 2016, hoje tem um PL414 que possivelmente vai ser transformando em lei, que promoverá a ampliação do mercado livre, combinação de redução de subsídios nas tarifas, o PL é amplo e apoiado por todos os agentes do setor”.