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    Luta por espaço faz parte da democracia, diz Paulo Guedes

    Para ministro da Economia, Poder que erra tem de "voltar para caixinha"

    Douglas Portoda CNN em São Paulo

    O ministro da Economia, Paulo Guedes, declarou nesta quinta-feira (19), durante um evento de consultoria jurídica, que a luta por espaço dos Poderes da República faz parte da democracia. Em sua opinião, quem cometer excessos necessita “voltar para caixinha”.

    “Todo mundo comente excessos. O presidente comete excessos? Tem que empurrar de volta para caixinha. Juiz comete excesso? Tem que empurrar para caixinha. Deputado comete excessos? Tem que voltar para caixinha dele”, afirmou Guedes.

    “Eu vejo essa luta pela demarcação de territórios como a essência da democracia. Eu acredito nas instituições brasileiras e acredito que somos uma democracia. É uma democracia que tem se aperfeiçoado”, continuou.

    As falas acontecem após o presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentar uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF), na noite de segunda-feira (16), alegando suposto abuso de autoridade do ministro Alexandre de Moraes. Entretanto, o ministro Dias Toffoli, em uma rápida resposta, negou o prosseguimento da medida.

    Depois da rejeição de Toffoli, o presidente da República protocolou pedido semelhante na tarde de quarta-feira (18) na Procuradoria-Geral da República (PGR).

    Possível queda

    Sobre uma possível queda, Guedes expôs que pessoas dentro do governo falam que se for realizada uma reforma administrativa, eles irão perder votos.

    “Tem gente dentro do governo que as vezes solta um veneno para ver se derruba. […] Tem gente falando para sair para cuidar da biografia. Faz sua parte, eu faço a minha, ele faz a dele. Ganha a próxima eleição, pega a senha. E se ganhar você faz o que acha certo.”, disse.

    O chefe da pasta econômica alegou que deu a seguinte resposta à pessoa: “eu saio agora, vai para uma hiperinflação e vai herdar a Venezuela? Me agradece cara, não enche meu saco e vai trabalhar.”

    Para o ministro, é difícil o combate “e ficam balançando a árvore para ver se cai”. Ainda proclamou que pode cair do cargo, mas ainda faltam quatro meses para isso se concretizar.