Em Alagoas, Lula e Lira falam em “trégua” em “divergências” devido às chuvas no RS
Grupo político de Calheiros, opositor a Lira, também esteve presente em evento; Lula celebrou ação de voluntários no Rio Grande do Sul
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) celebrou a ação de voluntários no Rio Grande do Sul, e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), falou em polarização “em suspenso”.
As falas ocorreram em uma cerimônia pública em que os dois estiveram no mesmo palanque, nesta quinta-feira (9), em São João da Tapera, no sertão de Alagoas.
O governador Paulo Dantas (MDB), o senador Renan Calheiros (MDB-AL) e o ministro dos Transportes, Renan Filho, opositores a Lira no estado, também estiveram presentes.
“É esse país fraterno, solidário, sem ódio e sem mentira que vamos construir até o final do meu mandato, em 2026”, disse Lula sobre os voluntários no Rio Grande do Sul.
Já Lira, que discursou antes, disse que Lula colocou a “polarização em suspenso” ao convidar líderes dos Três Poderes para uma comitiva presidencial rumo ao estado.
No final de semana, Lira, Rodrigo Pacheco (do PSD, presidente do Senado) e Edson Fachin (ministro do Supremo Tribunal Federal) acompanharam Lula em viagem ao RS.
“A polarização nesse país deu uma trégua sob seu comando e convite, para que todos os Poderes, independente de eleições passadas e futuras, pudessem se unir”, afirmou Lira.
Governo x Congresso
Em seu discurso, o presidente Lula emitiu declarações complementares a de Arthur Lira em relação às chuvas no Rio Grande do Sul.
“Nossas divergências em época de eleição não valem nada na época que a gente tem que cuidar do povo desse país e tem que mostrar solidariedade”, disse o mandatário.
Em meio aos recentes embates entre o Congresso e o governo, Lula também agradeceu a Lira por medidas que, segundo ele, ajudaram o governo antes mesmo de sua posse.
“A PEC (proposta de emenda à Constituição) da Transição permitiu que tivéssemos dinheiro para governar em 2023”, disse Lula, afirmando que Lira o “ajudou muito”.
Lula ainda frisou que, dado o seu posto, “não tem que ficar escolhendo inimigo”. “Às vezes alguém fala: ‘o Lira está nervoso’ – aí, mando o Rui Costa (Casa Civil) falar com ele”, disse.
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