Brasil decide apoiar recondução de Tedros Adhanom para OMS
Apoio foi informado à CNN por auxiliares presidenciais e confirmado pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga
O governo brasileiro decidiu apoiar a recondução para um segundo mandato do diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom Ghebreyesus.
A informação foi repassada à CNN por auxiliares presidenciais e confirmada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
O ministro viajará na próxima quinta-feira (19) a Genebra, na Suíça, onde irá acompanhar a reunião anual da agência internacional.
“Trata-se de posição do governo federal. Eu represento o governo federal nesse tema”, disse o ministro à CNN. “A posição do governo é de apoio à recondução do Tedros”, acrescentou.
Tedros é o primeiro diretor-geral da OMS eleito pela África e liderou a resposta global à pandemia de Covid-19, a pior crise de saúde pública em um século.
Em meio à crise sanitária, o presidente Jair Bolsonaro fez críticas à OMS sobre a condução da pandemia.
Ele afirmou que a agência de saúde vinha deixando muito a desejar.
E chegou a afirmar que o governo brasileiro poderia inclusive abandonar a organização mundial caso ela não deixasse de atuar com “viés ideológico”.
Segundo auxiliares do governo, no entanto, o presidente se acertou com Tedros em conversa, no final do ano passado, durante reunião do G20.
“No último G20, o presidente conversou longamente com o Tedros, com a minha participação e a do ministro de Relações Exteriores, Carlos França”, lembrou Queiroga.
O país de origem de Tedros, a Etiópia, se recusou a nomeá-lo para um segundo mandato, o que tornou necessário que outros países fizessem a indicação.
Os 28 estados que apoiam a sua indicação incluem França e Alemanha, além de Botswana, Quênia e Ruanda.