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    “Trabalhamos 24 horas, nunca vi nada como essa tragédia”, diz major dos Bombeiros de SP no RS à CNN

    Corporação paulista resgatou mais de mil pessoas e cerca de 70 animais; mortes chegaram a 100 e 130 pessoas estão desaparecidas

    Pamela Cadamuroda CNN , São Paulo

    As equipes militares de São Paulo que viajaram ao Rio Grande do Sul após os temporais que alagaram centenas de cidades do estado já resgataram mais de mil pessoas com vida e cerca de 70 animais nos últimos seis dias.

    Na quarta-feira (8), o número de mortes chegou a 100 e pelo menos 130 pessoas estavam desaparecidas.

    O balanço dos resgates é do major do Corpo de Bombeiros Adriano José Barufaldi, que comanda a equipe de 31 Bombeiros, 19 militares do Comando de Aviação e cinco veterinários paulistas, além de Guardas Municipais da capital paulista.

    Na tarde de quarta, os trabalhos se concentraram em bairros de Eldorado do Sul, com uma “varredura” em busca de pessoas ilhadas e em risco. Além dos agentes, oito viaturas, sete embarcações e três aeronaves tem sido usadas nas ações.

    “Estamos trabalhando 24 horas, em pequenas escalas para descanso, mas quando há algum chamado todos vamos para o campo. Nunca vi nada parecido com essa tragédia”, disse o militar, que soma 27 anos de carreira na corporação.

    Dezenas de outros estados também fazem parte da mobilização. Por conta da gravidade dos alagamentos, não há uma área específica de atuação da equipe.

    Desde o desembarque, o major já passou por ao menos dois municípios diferentes. Em Canoas, uma das cidades mais castigados pela água, ele realizou o resgate de pacientes em um Pronto Socorro. “A água estava quase no teto, retiramos muitas crianças, mulheres grávidas, idosos, pessoas que estavam na UTI. Por mais que estejamos acostumados a situações extremas, tudo aqui é muito triste e tem mexido muito com a gente”, contou Barufaldi.

    Pelo menos 425 municípios gaúchos foram afetados pelos temporais, quase 170 mil pessoas estão desalojadas e 1,4 milhões de pessoas foram afetadas até agora.

    Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, não há previsão de retorno dos bombeiros e policiais para SP.

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