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    De fora em 2022, relembre 6 vezes que o Brasil brilhou em Cannes

    A 75º edição do Festival de Cinema de Cannes começa nesta terça-feira (17) e segue até 28 de maio; nenhum filme brasileiro será exibido

    Marina Toledoda CNN*

    A 75º edição do Festival de Cinema de Cannes começa nesta terça-feira (17) e segue até o dia 28 de maio. O evento é considerado um dos maiores da indústria cinematográfica da Europa e costuma dar visibilidade a diversas produções da temporada.

    A seleção oficial conta com 50 filmes e 21 concorrem ao principal prêmio da noite: a Palma de Ouro. Produções de diversos países compõem a lista, sobretudo europeus, mas também Canadá, Coreia do Sul, Estados Unidos, Japão, Irã e Rússia.

    O Brasil tem história no festival e já ganhou uma Palma de Ouro, 60 anos atrás, com o filme “O Pagador de Promessas”, de Anselmo Duarte. O país soma 38 indicações à categoria. Recentemente, levou o Prêmio do Júri por “Bacurau”, em 2019, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles.

    Neste ano, o brasileiro Rodrigo Teixeira é o responsável pela produção de “Armageddon Time”, do diretor norte-americano James Gray, que concorre ao principal prêmio da noite. No entanto, nenhum filme brasileiro foi selecionado para a 75º edição do festival.

    Fora em 2022, relembre relembre 6 vezes que o Brasil brilhou em Cannes.

    1. O Cangaceiro (1953)

    “O Cangaceiro” foi o primeiro filme brasileiro a participar do Festival de Cannes / Reprodução

    “O Cangaceiro”, de Lima Barreto, rendeu o primeiro prêmio do Brasil no Festival de Cannes, em uma categoria já extinta, a de filme de aventura.

    O filme acompanha o “Capitão” Galdino que aterroriza vilarejos pobres da região Nordeste do Brasil, saqueando e matando com frequência com seu bando armado. Em um desses ataques, ele rapta a professora Olívia e pede dinheiro para resgate. Mas ele e o seu braço direito, o valente Teodoro, ficam atraídos pela mulher cativa e a discórdia se instaura no bando.

    2. O Pagador de Promessas (1962)

    Cena do filme “O Pagador de Promessas”, de Anselmo Duarte / Reprodução

    “O Pagador de Promessas”, de Anselmo Duarte, é o único filme brasileiro que alcançou o maior prestígio do festival de cinema, a Palma de Ouro. Era a 11ª indicação do Brasil, que hoje já soma 38.

    A produção também chegou a ser indicada ao prêmio de Melhor Filme Estrangeiro no Oscar de 1963, mas não levou a estatueta para casa.

    O longa é baseado na peça teatral homônima do dramaturgo Dias Gomes e acompanha Zé do Burro, um homem humilde, que enfrenta a intransigência da Igreja ao tentar cumprir a promessa feita em um terreiro de Candomblé de carregar uma pesada cruz de madeira por um longo percurso

    3. O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro (1969)

    Glauber Rocha venceu por “O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro”/ Reprodução

    No caso de “O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro” o prêmio foi para Glauber Rocha, que venceu a categoria de Melhor Diretor no Festival de Cannes.

    A trama do filme segue Antônio das Mortes, um antigo matador de cangaceiros, que é contratado por um coronel para matar um beato agitador. Ele confronta sua vítima, mas decide poupar sua vida. Antônio se depara com as dificuldades do sertão e resolve apoiar a causa do povo contra os desmandos do coronel.

    4. Eu Sei que vou te Amar (1986)

    Fernanda Torres se destacou pelo filme “Eu Sei Que Vou Te Amar” / Reprodução

    Indicado à Palma de Ouro, “Eu Sei que vou te Amar”, de Arnaldo Jabor, foi reconhecido pela atuação de Fernanda Torres, que se consagrou como Melhor Interpretação Feminina no festival de cinema. Ela foi a primeira brasileira a vencer um prêmio em um dos eventos mais prestigiados do cinema.

    O longa acompanha um jovem casal que termina o namoro e decide se reencontrar para discutir a relação três meses depois.

    5. Linha de Passe (2008)

    Anos depois, o Brasil voltou a ser premiado no Festival de Cannes. Dessa vez, Sandra Corveloni ganhou o prêmio de Melhor Interpretação Feminina pelo papel de Cleusa em “Linha de Passe”, de Walter Salles e Daniela Thomas.

    O filme foi aplaudido durante nove minutos após exibição no evento.

    A trama acompanha quatro irmãos da periferia de São Paulo, criados pela mãe, que trabalha como empregada doméstica e está grávida de um homem desconhecido. Sem figura paterna, os garotos lutam pelos sonhos e um deles vê seu talento como jogador de futebol, a esperança de uma vida melhor.

    6. Bacurau (2019)

    O faroeste de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles foi até Cannes e conquistou o Prêmio do Júri, uma das principais categorias do festival. Em 2021, Kleber foi um dos júris do festival.

    Em “Bacurau”, os moradores do pequeno povoado do sertão brasileiro, que dá o nome ao filme, descobrem que a comunidade não consta mais em qualquer mapa.

    Aos poucos, eles percebem algo estranho na região: enquanto drones passeiam pelos céus, estrangeiros chegam à cidade. Quando carros são baleados e cadáveres começam a aparecer, um grupo chega à conclusão de que estão sendo atacados. Para combater o inimigo, eles criam coletivamente um meio de defesa.

    *Sob supervisão.

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