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    Comerciante do DF vítima de injúria racial será ouvido pela polícia nesta quinta

    Paulo Vitor Silva Figueiredo, de 22 anos, gravou o momento em que é chamado de "macaco preto" por uma mulher, seguido por vários xingamentos

    Vianey Bentesda CNN , em Brasília

    O comerciante Paulo Vitor Silva Figueiredo, de 22 anos, sofreu injúria racial na última quinta-feira (9), em Taguatinga (DF), no quiosque do qual é proprietário. Em vídeo gravado por ele, uma mulher o chama de “macaco preto”, seguido de uma série de xingamentos, exigindo que a sirva açaí.

    Ela diz ainda que ele “está na minha cidade”, acrescentando que ele “mexeu com a pessoa errada” após o comerciante se recusar a servir o produto.

    Figueiredo afirmou à CNN que a Polícia Civil do Distrito Federal marcou de visitar, nesta quinta-feira (12) à tarde, o local no qual teria sido gravado o vídeo.

    A CNN aguarda um posicionamento da Polícia Civil do DF sobre o caso, e não conseguiu contato com a mulher.

    O que é injúria racial

    Injúria racial é um crime é previsto no Código Penal e estabelece punição de 1 a 3 anos de reclusão e multa para quem ofende a dignidade de outra pessoa utilizando elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, entre outros. Consistindo, assim, ataque à honra ou à imagem e violação de direitos constitucionais.

    Diferente do crime de racismo, previsto na Lei 7.716/1989, que ocorre quando a pessoa do agressor atinge um grupo ou coletivo de pessoas, discriminando uma etnia de forma geral. Assim, no crime de racismo, a ofensa é contra uma coletividade, por exemplo, toda uma raça, não há especificação da vítima.

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