Não tememos resultados de eleições limpas, diz Bolsonaro
Segundo o presidente da República, a maneira em que foi recebido na Expoingá, representa a verdadeira pesquisa popular
O presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou, nesta quarta-feira (11), durante discurso na Expoingá, em Maringá, no interior do Paraná, que não teme o resultado de “eleições limpas”, dizendo que preza por um pleito “transparente”.
“A vontade de vocês têm que prevalecer. E todo meu ministério está empenhado em defender a nossa Constituição e a nossa liberdade. Todos têm que jogar dentro das quatro linhas. Nós não tememos resultado de eleições limpas. Nós queremos eleições transparentes, como a totalidade de seu povo”, afirmou Bolsonaro.
Em 5 de maio, durante transmissão pelas redes sociais, o presidente anunciou que combinou com seu partido a contratação de uma empresa para fazer uma auditoria no pleito, em que serão pedidas informações ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). De acordo com seu parecer, a lei permite a auditoria por parte das siglas.
O TSE respondeu à CNN que a fiscalização das eleições está prevista na lei n° 9.504 de 30 de setembro de 1997, conhecida como Lei das Eleições.
Entre gritos e aplausos de apoiadores, o chefe do Executivo alegou que a “maneira como fui recebido aqui, como em qualquer outro lugar do Brasil, é a verdadeira pesquisa popular”.
“Digo que o trabalho que exerço, que não é fácil, graças a Deus, tem o reconhecimento de grande parte do povo brasileiro”, expôs.
Armamento da população
Em fala sobre armas de fogo, Bolsonaro disse que seu governo implementou o direito de posse e porte para os cidadãos do campo e da cidade.
Segundo o presidente, “uma nação bem armada é uma forma de evitar qualquer interesse externo sobre a sua pátria. E o Brasil tem uma área que é cobiçada por muitos países que é a nossa região amazônica.”
“E para vocês, família brasileira, a arma e fogo é uma defesa da mesma, é um reforço para nossas Forças Armadas, porque um povo de bem armado jamais será escravizado”, continuou.
“Somente os ditadores temem o povo armado. Eu quero que todo cidadão de bem possua sua arma de fogo para resistir, se for o caso, a tentação de um ditador de plantão.”
Guerra entre Rússia e Ucrânia
Citando sua viagem à Rússia no começo de fevereiro, antes do início do conflito com a Ucrânia, em que discutiu com o presidente Vladimir Putin o fornecimento de fertilizantes, Bolsonaro informou que “há poucos dias aportaram quase 30 navios com fertilizantes” vindos do país do Leste Europeu.
No dia 27 de fevereiro, ao pregar uma posição de equilíbrio na guerra, o chefe do Executivo alegou que a “para nós, a questão do fertilizante é sagrada”.
O Brasil importa mais de 80% dos fertilizantes utilizados na produção agrícola, e tem parceria comercial com os russos, um dos maiores produtores do insumo no mundo.
Referindo-se à comunidade ucraniana no Paraná, proclamou que o governo, “mesmo em silêncio, ou em contatos variados, tudo fazemos para que a paz seja reestabelecida no país de origem de vocês. Não queremos mortes, queremos paz.”
Debate
A CNN realizará o primeiro debate presidencial de 2022. O confronto entre os candidatos será transmitido ao vivo em 6 de agosto, pela TV e por nossas plataformas digitais.
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