PF faz operação contra ameaças ao presidente do União Brasil
São cumpridos cinco mandados de busca e apreensão contra pessoas ligadas ao ex-presidente do partido, Luciano Bivar, que é investigado
A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (7) a Operação Stasis para investigar ameaças sofridas pelo presidente do União Brasil, Antonio Rueda.
Estão sendo cumpridos cinco mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nas cidades Garanhuns, Lagoa do Ouro, Arcoverde e Buíque, no interior de Pernambuco.
A CNN apurou que os alvos são pessoas ligadas ao ex-presidente do partido, Luciano Bivar (PE), que não é alvo de busca, mas é investigado neste inquérito.
As investigações tiveram início na Polícia Civil do Distrito Federal, quando Rueda registrou ocorrência por ameaças. Com declínio da competência para o STF, por conta da participação de Bivar, que é deputado federal e tem foro por prerrogativa de função, a investigação ficou a cargo da Polícia Federal.
Em março, Rueda havia pedido à Corte que investigasse uma suposta declaração de Luciano Bivar, então presidente da legenda, sobre a contratação de pistoleiros para matá-lo. O relato, segundo a defesa de Rueda, foi feito por um empresário que teria ouvido Bivar falar isso ao telefone com uma terceira pessoa, não identificada.
O conflito dentro do partido entre os dois começou um mês antes, quando Rueda, então vice-presidente do União Brasil, anunciou que queria substituir Bivar na presidência do partido. Dias antes da eleição para o cargo, no dia 29 de fevereiro, Rueda diz ter recebido uma ligação do deputado com ameaças à sua vida e à da sua família.
Em 13 de março, já eleito presidente do União, Rueda teve duas casas da família dele incendiadas na praia de Toquinho, em Pernambuco. Uma das propriedades pertence ao próprio Rueda e a outra, à irmã dele, que é tesoureira do partido. A polícia começou a investigar se o incêndio foi criminoso.
A CNN procurou o União Brasil para comentar a operação. O partido informou que não vai se manifestar. A defesa do deputado Luciano Bivar não foi encontrada.
Na época do ápice da crise no partido, Bivar negou as acusações sobre responsabilidade no incêndio em Pernambuco e outras ameaças contra Rueda. “Repudio qualquer ilação que tenha relação a esses últimos acontecimentos. Isso é fruto de uma represália em função de denúncias que estamos apresentando hoje ao Conselho de Ética do partido.”