Plano de governo de Bolsonaro deve prever retomada de fundos, dizem membros da equipe
O "Fundo de Reconstrução Nacional", como vem sendo chamado por aliados do presidente, teria por objetivo recompor a capacidade de investimentos públicos
O plano de governo em elaboração pelo comando da campanha à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) prevê inserir a criação de um fundo para alavancar recursos para investimentos públicos e a retomada do Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza, dizem integrantes da equipe econômica.
A informação foi antecipada pela analista da CNN Thais Arbex.
O “Fundo de Reconstrução Nacional”, como vem sendo chamado por aliados do presidente, teria por objetivo recompor a capacidade de investimentos públicos.
Segundo o Observatório de Política Fiscal do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV), em 2021 o investimento do governo totalizou 2,05% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo menor índice da série histórica iniciada em 1947.
Já em relação ao Fundo de Combate à Pobreza, a ideia é garantir recursos para investimentos sociais.
O fundo foi criado após uma emenda constitucional do então senador Antonio Carlos Magalhães em 2000 e regulamentado em 2011. Ele é abastecido por estados e municípios a partir de uma espécie de alíquotas adicionais do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Integrantes da coordenação da campanha avaliam reformulá-lo.
Não há ainda clareza quanto a forma como esses fundos seriam abastecidos. Uma possibilidade é de que seja com recursos de venda de estatais, até mesmo como uma forma de convencer o Congresso a abraçar uma agenda de privatizações.
Na principal campanha adversária, a do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a retomada de investimentos públicos e a prioridade a uma agenda social têm sido debatidas como emergenciais.
Debate
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