Ministro da Defesa pede ao TSE para participar diretamente de grupo sobre transparência das urnas
Paulo Nogueira volta a reclamar de não ter sido recebido para falar diretamente com Fachin sobre as sugestões das Forças Armadas para o processo eleitoral deste ano, apesar do TSE negar e dizer que Fachin já esteve reunido com Paulo Nogueira duas vezes
O ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para fazer parte da Comissão de Transparência Eleitoral (CTE) no lugar do militar que representava as Forças Armadas no grupo, o chefe de cibernética do Exército, general Heber Portella.
Em ofício encaminhado ao presidente do TSE, Edson Fachin, o ministro afirma que “entende-se que foi concluída etapa de planejamento de ações de ampliação da transparência do processo eleitoral” e volta a reclamar de não ter sido recebido para falar diretamente com Fachin sobre as sugestões das Forças Armadas para o processo eleitoral deste ano, apesar do TSE negar e dizer que Fachin já esteve reunido três vezes com o Ministério da Defesa, duas com Paulo Nogueira e uma vez com o então ministro da pasta, Braga Netto.
Nogueira afirma que “diante da impossibilidade de tê-lo feito pessoalmente, solicito que a Vossa Excelência que, a partir desta data, as eventuais demandas da CTE direcionadas às Forças Armadas, tais como solicitações diversas, participação em reuniões, etc…, sejam encaminhadas a este Ministro”.
No texto, o ministro reitera a importância de continuar contribuindo com o pleito. “Aproveito para reafirmar o compromisso das Forças Armadas em contribuir no que for necessário para a paz e a segurança do pleito eleitoral, bem como para manifestar os votos de que a Corte Eleitoral tenha pleno êxito em suas atividades, essenciais para a democracia e para a harmonia da sociedade brasileira”.
O pedido foi apresentado pelo Ministério da Defesa ao Tribunal Superior Eleitoral, no dia 28 de abril. O TSE ainda não respondeu ao ofício.
Após a CNN divulgar ofício do ministro encaminhado ao presidente do TSE, o Exército explicou que o pedido não é para retirar do grupo o chefe de Defesa Cibernética, general Heber Portella, que representa as Forças Armadas, mas para centralizar a articulação política no ministro.
No ofício, no entanto, sem delimitar o aspecto político, o ministro afirmou que os pedidos de participação em reuniões da Comissão fossem enviados a ele.