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    Eleições 2022

    PSDB concluiu, em 2014, ser impossível fazer auditoria externa na urna

    Apesar disso, partido já se manifestou oficialmente que considera as eleições de 2014 limpas e confia nas urnas eletrônicas

    Caio Junqueira

    A Auditoria Especial no Sistema Eleitoral de 2014 feita pelo PSDB concluiu não ser possível a realização de uma auditoria externa nas eleições, conforme pretensão anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta quinta-feira (5).

    Apesar disso, o partido já se manifestou oficialmente nas redes sociais sobre o assunto. Em 2021, quando estava em debate a adoção do voto impresso, o partido escreveu que “o PSDB considera as eleições de 2014 limpas e confia nas urnas eletrônicas. Estará sempre na defesa da democracia”. O presidente da legenda, Bruno Araújo, também já deu diversas declarações nesse sentido. “O PSDB segue confiando no sistema eleitoral brasileiro”, disse Araújo em nota em 2021.

    O relatório de 217 páginas que o partido produziu diz que “Claramente, o sistema eletrônico de votação do TSE [Tribunal Superior Eleitoral] não foi projetado para permitir uma auditoria externa independente e efetiva dos resultados que publica”.

    O documento diz ainda que “o modelo de auditoria imposto pela autoridade eleitoral (”auditoria comandada pelos auditados”) não se enquadra em qualquer modelo reconhecido e padronizado por entidades internacionais que normatizam auditoria de sistemas de informação” e que “o sistema de votação do TSE também não está preparado para uma auditoria interna, que deveria ser realizada antes, durante e após as eleições”.

    Ele é assinado por peritos do ITA, USP e Instituto Brasileiro de Peritos. Em outro trecho do documento, eles dizem que “não é possível se fazer uma auditoria contábil da apuração dos votos em um sistema de urnas eletrônicas que é essencialmente dependente de software e não produz um registro material do voto (o voto impresso) que tenha sido visto e conferido pelo eleitor e que possa ser utilizado como trilha de auditoria”. Diz ainda que “não foi possível se determinar a confiabilidade dos resultados produzidos pelas urnas eletrônicas”.

    O relatório afirma, porém, que “a transmissão dos resultados pôde ser auditada e não mostrou sinais de erro”, que “Fraudes na Votação são possíveis mas costumam ser localizadas e sem potencial de alterar significativamente uma eleição presidencial” e que “As demais denúncias de fraudes foram consideradas falsas ou apenas falhas localizadas (sem potencial de afetar o resultado).”

    Procurado, o TSE não se manifestou.

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