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    Pedro Duran
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    Pedro Duran

    O pai do Benjamin passou pela TV Globo, CBN e UOL. Na CNN, já atuou em SP, Rio e Brasília e conta histórias das cidades e de quem vive nelas

    Porto Alegre começa semana com 70% sem água, dique sob risco, escolas fechadas e ruas alagadas

    Cidade também vive risco de falta de insumos hospitalares e recebe corrente de doações e voluntários

    A capital gaúcha, uma das cidades mais ricas do país, começa esta segunda-feira (6) naquilo que pode ser a pior condição de toda sua história.

    Depois do Rio Guaíba atingir 5,3 metros e o prefeito Sebastião Melo (MDB) sugerir à população que deixe a cidade rumo ao litoral, Porto Alegre ainda enfrenta graves problemas concretos, novos riscos e impactos significativos em sua infraestrutura.

    Das seis estações de tratamento de água, quatro estão desligadas: as estações São João, Higienópolis, Ilha da Pintada, Tristeza e Moinhos de Vento. Apenas as unidades Menino Deus e Belém Novo continuam operando, mas 70% da população segue sem água encanada.

    O desligamento é consequência da falta de energia. Segundo a concessionária CEEE Equatorial, 178 mil clientes estão sem luz em Porto Alegre e mais quatro cidades.

    Na noite deste domingo (5), ainda havia 57 ruas totalmente interditadas por conta dos alagamentos e outras 13 com bloqueios parciais.

    O nível do Rio Guaíba, que chegou a bater 5,3 metros, o maior nível desde que as medições começaram, há mais de 80 anos, segue acima de 5,2 metros, com pequenas oscilações apesar da trégua das chuvas na capital gaúcha.

    As aulas nas escolas municipais estão suspensas até quarta-feira (8). Os 15 hospitais da cidade apontaram à secretaria municipal de Saúde uma série de itens que podem acabar caso não sejam repostos, o que fez a prefeitura acionar o Ministério da Saúde. O alerta também foi aceso para uma possível onda rebote de doenças como leptospirose e dengue.

    Boatos de rompimento de um dique na zona Norte da cidade provocaram corre corre e desespero entre a população. A prefeitura informou que o dique da Fiergs não se rompeu, segue extravasando desde sábado (4), mas que a região pode ser inundada, gerando riscos às pessoas que passam pela região.

    A orientação da Defesa Civil é de evacuação urgente para os moradores do bairro de Sarandi, que estão sendo encaminhados ao Teatro Renascença para triagem e abrigo nos locais adequados.

    Em meio à crise da cidade, o prefeito Sebastião Melo pediu aos moradores da capital gaúcha que deixassem a cidade, se possível.

    “Orientei as pessoas para que se dirigissem ao litoral via RS-040. Não há necessidade de todos saírem ao mesmo tempo, mas é prudente sair da cidade, caso possa. A cidade precisa ficar livre de trânsito para que possamos salvar todas as vidas em risco”, disse ele na noite deste domingo (5/5).