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    Governo Lula enfrenta desafios com Congresso minoritário, diz especialista

    Lara Mesquita, cientista política e professora da FGV-SP, analisa a tentativa do governo de formar uma coalizão majoritária no Legislativo

    Da CNN

    A cientista política e professora da FGV-SP, Lara Mesquita, destacou à CNN que o governo Lula enfrenta um desafio diferente dos anteriores por ser minoritário no Congresso Nacional.

    Dificuldade em formar coalizão majoritária

    Segundo Mesquita, apesar dos esforços para formar uma coalizão majoritária, o governo não conseguiu atingir esse objetivo até o momento. A coalizão se organiza em pautas econômicas, onde há mais consenso, mas enfrenta resistência em outras áreas.

    A especialista ressaltou que o governo sabe que, com a composição atual do Congresso, especialmente da Câmara dos Deputados, há limites para sua agenda. No entanto, as aprovações do ano passado, como a PEC da Transição, foram importantes para dar um “respiro” ao Executivo.

    Impacto da troca na Presidência da Câmara

    Mesquita afirmou que o governo precisa entender as consequências da saída de Arthur Lira da presidência da Câmara. O melhor cenário seria um sucessor não tão hostil, diferente dos presidentes anteriores em governos do PT.

    Ela explicou que a relação entre o Executivo e o Legislativo é naturalmente tensa quando há uma agenda a ser aprovada, como seria o caso se Simone Tebet ou outro candidato com projetos próprios tivesse vencido a eleição.

    Equilíbrio orçamentário

    A professora destacou a necessidade de recuperar o equilíbrio na política orçamentária, evitando tanto o engessamento excessivo do Congresso quanto a perda de controle sobre os recursos, como ocorreu no governo Bolsonaro.

    Segundo ela, o governo Lula precisará aceitar um modelo mais próximo dos governos FHC e Lula 1, com maior participação parlamentar.

    A solução para esse conflito, na visão de Mesquita, depende menos do governo e mais dos partidos do Centrão, que têm condições de formar maioria na Câmara e precisam decidir se aderem ao governo ou se posicionam como oposição.

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