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    Mutirão renegociou 1,7 milhão de dívidas em atraso em março, aponta Banco Central

    Segundo o BC, se comparado a fevereiro de 2022, o aumento foi de 178% na procura por negociações

    Agência Estado , Thaís Barcellos, do Estadão Conteúdo

    Em meio ao endividamento recorde das famílias brasileiras, o Mutirão Nacional de Negociação e Orientação Financeira de março possibilitou a renegociação de 1,7 milhão de dívidas em atraso, informou nesta sexta-feira, 6, o Banco Central. A ação, que ocorreu de 7 a 31 de março, foi feita em parceria com a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), a Secretaria Nacional do Consumidor e os Procons de todo o País.

    Segundo o BC, se comparado a fevereiro de 2022, o aumento foi de 178% na procura por negociações. Em relação ao mutirão realizado em novembro de 2021, que durou 30 dias, o mesmo volume de contratos foi repactuado.

    Foram negociadas dívidas em atraso no cartão de crédito, cheque especial e outras modalidades de crédito sem a cessão de bens dados em garantia, como veículos, motocicletas e imóveis. O BC informou ainda que a nova rodada de negociação contou com a participação de mais de 160 bancos e instituições financeiras.

    O órgão destacou que o foco em educação financeira foi mais uma vez um diferencial da iniciativa.

    De acordo com o BC, uma página exclusiva do Mutirão auxiliou o cidadão na preparação para a negociação, com informações sobre como descobrir quais são suas dívidas, utilizando o sistema Registrato do BC, quando vale a pena participar do mutirão e quanto do orçamento pode ser destinado ao pagamento de dívidas no momento da negociação, por exemplo.

    A página também disponibilizou acesso à nova plataforma de educação financeira Meu Bolso em Dia, que conta com trilhas de aprendizado específicas para a população que deseja renegociar suas dívidas.

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