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    Eleições 2022

    PT debate nova comunicação para campanha de Lula

    Próxima semana será de uma nova fase, com reestruturação da organização interna e outra estratégia

    Caio Junqueirada CNN

    A campanha do ex-presidente Lula planeja entrar a partir da próxima semana em uma nova fase, com reestruturação em sua organização interna e uma outra estratégia de comunicação.

    A avaliação é de que essa primeira fase, focada na montagem dos palanques estaduais e na formação da coalizão, se encerra neste sábado (7) com o pré-lançamento da chapa Lula-Alckmin em um evento em São Paulo.

    E que agora é preciso olhar para dentro justamente para evitar o que parte dos petistas consideram equívocos que têm levado a exposições desnecessárias, principalmente de Lula.

    A comunicação deverá ser a primeira grande mudança com a provável chegada do prefeito de Araraquara, Edinho Silva, para coordenar a área. O PT que possa ser implementada uma estratégia mais clara para enfrentar o presidente Jair Bolsonaro.

    Dois pontos vêm sendo debatidos. Um deles fazer da estratégia digital da legenda um contraponto a estratégia bolsonarista. O termo utilizado no PT é a necessidade de criar o “gabinete do amor” em contraposição ao “gabinete do ódio”, apelido dado ao grupo de militantes bolsonaristas que atacam adversários nas redes sociais.

    A percepção no partido é de que não é possível se contrapor a uma estrutura e estratégia digital do grupo bolsonarista, que já dura anos. Primeiro, por falta de equipe.

    Segundo, por divergência quanto ao foco. Petistas disseram à CNN que, em vez de atacar, a estratégia digital da campanha de Lula deve ser buscar impulsionamento a partir do debate de propostas para um novo governo e apresentação do que considera pontos positivos da era Lula, mesmo porque boa parte do eleitorado não tem a memória dos seus governos.

    Um outro aspecto em debate é forçar que a eleição deste ano seja um plebiscito do governo Bolsonaro a partir da exposição do que o partido considera seus pontos negativos — em especial na economia — e forçar que a eleição seja um julgamento de aprovação ou desaprovação do atual governo.

    Um terceiro ponto que o partido esperar entrar reformular a partir da próxima semana é na organização interna. Com a maior parte dos palanques estruturados e o eixo central de partidos da coalizão fechado, a campanha espera olhar mais para dentro.

    Isso significa dar a campanha uma rotina diária de campanha deste porte, com briefings matinais, reuniões diárias, definição clara dos papéis a que cada um desempenha e um tratamento melhor nas agendas a serem escolhidas.

    A avaliação é de que as falas de Lula que geraram polêmica nas últimas semanas se devem em grande parte à desorganização interna. E, claro, ao receio que o grupo no entorno de Lula tem de aconselhá-lo politicamente, dada a sua experiência.

    O mais provável é de que o prefeito de Araraquara, Edinho Silva, ex- ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República no governo Dilma Rousseff seja o novo coordenador de comunicação. Mas isso só será definido após o encontro de sábado. O motivo é que Edinho não quer deixar a prefeitura, que virou um dos alvos do bolsonarismo durante a pandemia.

    Além disso, ele coordena a elaboração do programa de governo de Fernando Haddad, pré-candidato a governador, e não conseguiria acumular as duas funções.

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