Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Eleições 2022

    Pressionado nas pesquisas, Rodrigo Garcia elabora pacote na segurança

    Governador de São Paulo visa evitar que o tema vire uma bandeira eleitoral dos adversários

    Caio Junqueira

    Pressionado pelas pesquisas eleitorais e pelo crescimento da criminalidade em São Paulo, o governador Rodrigo Garcia (PSDB) prepara um pacote de medidas na área de segurança pública para evitar que o tema vire uma bandeira eleitoral dos adversários.

    Dentre as medidas em estudo estão o aumento do efetivo policial e da fiscalização de motoqueiros. A cúpula da segurança pública do estado também pretende negociar com aplicativos de entregas algumas regras. Estão em debate um cadastro de seus funcionários e até a utilização de uma jaqueta específica para que eles sejam identificados. A ideia é anunciar as medidas em uma live ainda nesta semana, provavelmente na quarta-feira (4).

    Somente no primeiro trimestre, os roubos na cidade de São Paulo subiram 10% e os latrocínios (roubo seguido de morte), 6%. No dia 25 de abril, o assassinato de um estudante de 20 anos por um falso entregador gerou comoção.

    Fontes da plataforma Ifood confirmaram que essas medidas estão sendo debatidas, mas disse ainda que a própria empresa já está trabalhando em algumas medidas tecnológicas para elevar a barreira antifraudes.

    A cúpula da Segurança Pública do estado também pretende negociar com aplicativos de entregas algumas regras. Uma reunião está prevista para esta terça-feira com a presença do governador e de representantes de aplicativos. Estão em debate um cadastro dos funcionários e até a utilização de uma jaqueta específica para que eles sejam identificados.

    A ideia é anunciar as medidas em uma live ainda nesta semana, provavelmente na quarta-feira. Há uma ideia de que sejam ampliadas as investigações de quadrilhas de revendas de celulares, fazer operações específicas para roubo de celulares.

    O pacote, porém, tem forte componente eleitoral no pacote. Garcia, que completou neste domingo um mês no cargo após substituir João Doria (PSDB) no Palácio dos Bandeirantes, é candidato à reeleição, mas ainda não decolou nas pesquisas de intenção de voto. Aparece em quarto lugar no Datafolha no cenário hoje mais provável, com Fernando Haddad (PT), Márcio França (PSB) e Tarcísio Freitas (Republicanos).

    Todos eles vêm, em maior ou menor grau, fazendo críticas à segurança pública do governo paulista. Mas é Tarcísio que mais preocupa o entorno do governador. Ex-ministro da Infraestrutura do governo Jair Bolsonaro (PL), ele e Garcia disputam o mesmo eleitorado de centro-direita e de direita no estado.

    Em razão disso, a avaliação é de que somente um dos dois poderá avançar ao segundo turno, provavelmente com um dos candidatos de esquerda ou centro-esquerda (Haddad ou França).

    Em uma operação conjugada, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), aliado de Garcia e provável padrinho do vice na chapa do governador, disse à CNN que o efetivo da Guarda Civil Municipal (GCM) será ampliado.

    “O governador fará o anúncio e participarei junto com ações da prefeitura para melhorar a segurança. Eu já venho fazendo ações. Abri concurso para 1.000 GCMs, vamos aumentar o valor pago aos PMs na operação delegada e vamos dobrar o número de contratações, hoje em torno de 1.200 homens, vamos ter 2.400”, afirmou.