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    Novas sublinhagens da Ômicron podem evitar imunidade de infecções passadas, diz estudo

    Cientistas da África do Sul disseram que as variantes são muito menos capazes de se desenvolver no sangue de pessoas vacinadas contra a Covid-19

    Por Tim Cocks, da Reuters

    Por Tim Cocks

    JOHANESBURGO (Reuters) – Duas novas sublinhagens da variante Ômicron do coronavírus podem evitar anticorpos de infecções anteriores o bastante para desencadear uma nova onda, mas são muito menos capazes de se desenvolver no sangue de pessoas vacinadas contra a Covid-19, descobriram cientistas da África do Sul. Cientistas de diversas instituições do país estavam examinando as sublinhagens BA.4 e BA.5 da Ômicron, adicionadas no mês passado pela Organização Mundial da Saúde à lista de monitoramento.

    Eles coletaram amostras de sangue de 39 participantes previamente infectados pela Ômicron assim que a variante apareceu pela primeira vez no final do ano passado. Quinze deles estavam vacinados –oito com a vacina da Pfizer; sete com a da Janssen– enquanto os outros 24 não estavam. “O grupo vacinado mostrou uma capacidade de neutralização cerca de 5 vezes maior… e estarão mais protegidos”, apontou o estudo, cuja prévia foi lançada neste fim de semana.

    Nas amostras de pessoas não vacinadas, houve uma diminuição de quase oito vezes na produção de anticorpos quando expostas às sublinhagens BA.4 e BA.5, em comparação com a linhagem original BA.1 da Ômicron.

    O sangue das pessoas vacinadas mostrou essa diminuição em até três vezes.

    A África do Sul pode estar entrando em uma quinta onda de Covid mais cedo do que o esperado, disseram autoridades e cientistas na sexta-feira (29), culpando um aumento sustentado nas infecções que parece ser impulsionado pelas subvariantes BA.4 e BA.5 da Ômicron.

    Apenas cerca de 30% da população da África do Sul (60 milhões de pessoas) está totalmente vacinada.”Com base no escape de neutralização, BA.4 e BA.5 têm potencial para resultar em uma nova onda de infecção”, disse o estudo.

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