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    Em menos de 1 ano, ao menos 132 pessoas morreram em decorrência das chuvas no RS

    Nesta semana, tempestades provocaram a morte de 57 pessoas; estado ainda deverá receber mais temporais

    Fábio Munhozda CNN , Em São Paulo

    Desde junho do ano passado, ao menos 132 pessoas morreram no Rio Grande do Sul após ocorrências relacionadas às chuvas. Nesta semana, o estado voltou a ser castigado por tempestades, que já deixaram 57 vítimas fatais, segundo balanço divulgado pela Defesa Civil na manhã deste sábado (4).

    A área central do estado e as regiões dos vales dos rios Jacuí, Taquari e Caí foram as mais atingidas.

    Ao todo, o estado tem 300 municípios afetados pelas chuvas. São 422.307 pessoas impactadas de alguma forma pelas ocorrências, sendo que 32.640 estão desalojadas e 9.581 tiveram que ir para abrigos.

    Antes das ocorrências iniciadas nesta semana, o Rio Grande do Sul registrou cinco mortes relacionadas às chuvas em novembro de 2023. Os óbitos ocorreram em Eldorado do Sul (a cerca de 50 quilômetros de Porto Alegre); Gramado e Vila Flores, na Serra Gaúcha; e em Giruá, no norte do estado. Na mesma época, também houve mortes em consequência de eventos climáticos em Santa Catarina.

    Em setembro do ano passado, foram contabilizadas 54 mortes no Vale do Taquari depois que a região foi afetada pela passagem de um ciclone extratropical. As cidades que tiveram maior número de vítimas fatais na ocasião foram Muçum, Roca Sales e Cruzeiro do Sul.

    Em junho de 2023, outro ciclone extratropical atingiu o Rio Grande do Sul e deixou 16 pessoas mortas. Até então, esse havia sido o evento climático com maior número de óbitos no estado desde 1980.

    Veja os números de mortes:

    • Junho de 2023: 16
    • Setembro de 2023: 54
    • Novembro de 2023: 5
    • Abril/maio de 2024: 57 (até agora)

    Total de mortos pode aumentar

    Na quarta-feira (1º) o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), afirmou que o número de mortes em decorrência das chuvas tende a aumentar e que o estado deverá vivenciar “o maior desastre já enfrentado” pelos gaúchos.

    “A diferença do que aconteceu no ano passado é que, momento crítico, no vale do Taquari, nós tivemos uma enxurrada, mas em seguida o tempo nos deu condição de entrar em campo para fazer socorro, resgate, salvar centenas de vidas naquelas condições. Atualmente, estamos tendo muitas dificuldades para colocar as equipes em campo, seja do Exército, seja da Brigada Militar, seja do Corpo de Bombeiros. Nós estamos tendo muitas dificuldades de fazer os resgates.”

    Em Porto Alegre –onde ainda não houve registro de óbitos–, o lago Guaíba já transbordou, provocando alagamentos em diversos pontos da cidade.

    Segundo as projeções da Defesa Civil, o nível do lago deve ultrapassar o registrado na cheia histórica de 1941, atingindo 5 metros.

    Estado deverá ter mais chuvas

    O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de grande perigo, válido até o meio-dia deste sábado (4), de grande perigo relacionado ao acumulado de chuvas em parte do estado, chegando também a Santa Catarina.

    A possibilidade, segundo o instituto, é de chuva superior a 60 mm/h ou acima de 100 mm/dia. Há grande risco de grandes alagamentos e transbordamentos de rios, grandes deslizamentos de encostas.

    Há ainda outro alerta do Inmet, também válido até amanhã, para perigo potencial relacionado a chuvas intensas em partes do estado, incluindo a porção central e a região central de Porto Alegre. A previsão é de chuva entre 20 e 30 mm/h ou até 50 mm/dia, além de ventos intensos (de 40 a 60 km/h).

    Veja imagens da enchente em Porto Alegre:

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