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    Sarampo: conheça os riscos, sintomas e tratamento da doença

    Casos relatados em todo o mundo aumentaram 79% nos primeiros dois meses de 2022, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS)

    Lucas Rochada CNN , em São Paulo

    O sarampo é uma doença infecciosa causada por um vírus, que pode ser fatal. A transmissão acontece a partir do contato com pessoas contaminadas, a partir da tosse, fala, espirro ou respiração. A vacinação é a única forma de prevenção contra a doença.

    Os casos de sarampo relatados em todo o mundo aumentaram 79% nos primeiros dois meses de 2022, em comparação com o mesmo período de 2021. Mais de 17 mil casos de sarampo foram relatados em todo o mundo em janeiro e fevereiro de 2022, em comparação com 9.665 registrados durante os dois primeiros meses de 2021.

    A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) alertaram nesta semana que os países podem estar diante de condições propícias para o surgimento de surtos graves da doença que pode ser prevenida pela vacinação. Por ser uma doença altamente contagiosa, os casos tendem a aparecer rapidamente quando os níveis de vacinação diminuem.

    Na edição desta sexta-feira (29) do quadro Correspondente Médico, do Novo Dia, o neurocirurgião Fernando Gomes explicou os principais riscos e sintomas do sarampo.

    Os principais sinais da doença são: febre acompanhada de tosse, irritação nos olhos, nariz escorrendo ou entupido e mal-estar intenso (veja a lista completa no quadro).

    Arte/CNN

    Vacinação

    O sarampo é uma doença prevenível por vacina. A formulação do imunizante deve ser indicada por profissional da saúde, de acordo com a idade ou situação epidemiológica.

    Os tipos de vacinas incluem a dupla viral, que protege dos vírus do sarampo e da rubéola, tríplice viral, que inclui caxumba, e tetra viral, que acrescenta catapora (varicela) à formulação.

    “A melhor forma da gente combater essa doença é através da vacina. Há uma falsa sensação de segurança, de que se eu não vejo casos a doença não existe, mas não é bem assim. É importante que todo mundo tenha essa vacina para evitar que tenha complicações e que o sarampo se manifeste e se espalhe por toda a população”, diz Gomes.

    Riscos de complicações

    A infecção pelo vírus do pode deixar sequelas por toda a vida. De acordo com o Ministério da Saúde, algumas das complicações em crianças são:

    • Pneumonia: cerca de 1 em cada 20 crianças pode desenvolver pneumonia, causa mais comum de morte por sarampo em crianças pequenas
    • Infecções de ouvido: ocorrem em cerca de 1 em 10 crianças e pode provocar perda auditiva permanente
    • Inflamação do cérebro (encefalite): 1 em cada 1.000 crianças podem desenvolver essa complicação e 10% destas podem morrer
    • Morte: 1 a 3 a cada 1.000 crianças podem morrer em decorrência de complicações

    A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) considera protegido quem recebeu duas doses da vacina tríplice viral, com intervalo mínimo de um mês, a partir dos 12 meses de idade.

    De acordo com a SBIm, em situação de risco para o sarampo, como surtos ou exposição domiciliar, a primeira dose pode ser aplicada a partir dos 6 meses de idade. No entanto, ela não conta para o esquema de rotina, sendo necessárias duas doses a partir dos 12 meses, com intervalo mínimo de 1 mês.

    Como rotina para crianças, as sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam duas doses: uma aos 12 meses e a outra aos 15 meses.

    Não existe tratamento específico para o sarampo. Os medicamentos utilizados tem como objetivo reduzir o desconforto causado pelos sintomas da doença.

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