Ex-vereador de Minas Gerais é preso nos EUA por tráfico de drogas
Valdeci Passos Soares havia sido denunciado em 2021 pelo crime de tráfico de drogas cometido ainda no Brasil e, desde então, estava foragido
O ex-vereador da cidade de Novo Cruzeiro, Valdeci Passos Soares, foi preso nesta última quarta-feira (1) nos Estados Unidos. O ex-vereador da cidade no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, foi denunciado ao Ministério Público (MPMG) em 2021 por tráfico de drogas, e desde então estava foragido.
De acordo com a denúncia, ele era um dos líderes do narcotráfico na região e teria, inclusive, chegado a utilizar veículos oficiais da prefeitura para a prática criminosa.
Segundo o MPMG, Valdeci mantinha mais de 1kg de maconha em depósito em casa, assim como munições e um carregador de pistola calibre 9mm. O material foi apreendido, em 27 de agosto de 2021, durante uma ação da Polícia Militar de Minas para cumprimento de mandado de busca e apreensão na residência do ex-vereador.
Na ocasião, Valdeci, mais conhecido como “Calango”, teria fugido do local e, posteriormente, da cidade, com a esposa e quatro filhos. A mulher do ex-parlamentar, na época, também era funcionária da prefeitura local, da qual ele exercia mandato.
Com o início das investigações, as autoridades descobriram que a família estava escondida em Sorocaba, no interior de São Paulo. Depois, Valdeci teria viajado para os EUA com a esposa e apenas o filho menor, deixando os demais na cidade paulista.
O mandado de prisão contra Valdeci chegou a ser divulgado na Lista de Difusão Vermelha da Interpol. Conforme investigado pela Polícia Militar de Minas Gerais, o suspeito estava residindo em solo norte americano na cidade de Sacramento, na Califórnia. Após uma nova fuga, ele foi preso na cidade de Sandy, em Utah, pelo Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos (Homeland Security).
O brasileiro, que estava de maneira ilegal nos EUA, pode ser deportado pelas autoridades americanas a qualquer momento. A CNN procurou a defesa de Valdeci Passos Soares para se manifestar sobre as acusações, mas até a publicação deste texto, não obteve retorno.
(*Sob supervisão de Carolina Figueiredo)