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    Para evitar lockdown, Pequim planeja testar 20 milhões de moradores até sábado (30)

    Autoridades de saúda locais buscam evitar medidas mais restritas contra Covid-19, como as impostas em Xangai

    Eduardo BaptistaRyan Wooda Reuters

    Moradores de Pequim juntaram-se a filas crescentes de pessoas sperando para serem testadas para Covid-19 nesta terça-feira (26), depois que a capital chinesa ampliou os planos de testagem em massa para 20 milhões e aumentou preocupações sobre um possível lockdown.

    Em meio a comparações com Xangai, onde mais de 1.000 casos foram relatados em março antes que medidas mais restritas fossem impostas a 26 milhões de pessoas, muitos em Pequim foram aos supermercados para estocar alimentos e suprimentos.

    Na terça, as autoridades começaram a fechar algumas academias, teatros e locais turísticos, um dia depois de Pequim começar a testar os moradores de seu distrito mais populoso, Chaoyang.

    A capital chinesa registrou 33 novos casos transmitidos localmente em 25 de abril, informou a autoridade de saúde da cidade, dos quais 32 eram sintomáticos.

    A decisão de Pequim de testar a maior parte de sua população total de 22 milhões dias após detectar um pequeno número de infecções contrasta com Xangai, que esperou cerca de um mês após o início do surto antes de passar para a testagem em massa em toda a cidade no início de abril.

    Três rodadas de testes de PCR serão realizadas até sábado (30) em distritos como Haidian, onde Liu Wentao, um cozinheiro que disse à Reuters que estava preocupado com a rapidez com que o vírus estava se espalhando, embora confiante de que Pequim poderia evitar o lockdown como Xangai.

    “Pequim é a capital, os controles de vírus são mais fortes do que em outros lugares, não acho que será como Xangai, onde de repente aumenta para milhares de casos”, disse Liu.

    Embora o mais recente surto de Covid de Pequim seja modesto para os padrões globais, um lockdown no estilo de Xangai da capital chinesa prejudicaria ainda mais as perspectivas econômicas do país.

    A economia de Xangai desacelerou no primeiro trimestre, prejudicada por raros declínios na produção industrial e no consumo local. Somente em março, as vendas no varejo caíram 18,9%.

    Os mercados asiáticos sofreram seu pior dia em mais de um mês na segunda por temores de que Pequim estivesse prestes a adotar medidas restritas. As ações chinesas caíram para uma mínima de dois anos.

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