Não houve crime eleitoral, diz coordenador do Prerrogativas sobre Lula pedir votos a Boulos
Presidente fez declaração durante ato de 1º de Maio na capital paulista
Coordenador do grupo Prerrogativas, o advogado Marco Aurélio Carvalho, disse que, na sua avaliação, não houve crime eleitoral na fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pedindo votos para Guilherme Boulos (PSOL), pré-candidato a prefeito de São Paulo.
“A manifestação do presidente não pode ser enquadrada como propaganda eleitoral antecipada”, disse Carvalho. “Nem mesmo teve o escopo de influenciar as eleições. Trata-se, em verdade, de manifesto exercício da liberdade de expressão”.
Para ele, “o que ocorreu foi uma manifestação de apoio político, de menção ao cargo a ser disputado e da plataforma de governo a ser defendida”. “A legislação eleitoral permite falar sobre tudo isso. A fala está enquadrada nas permissões da lei e não nas vedações. Não houve conduta eleitoral vedada”.
Carvalho criticou a reação do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), pré-candidato à reeleição. Para ele, “a dimensão eleitoral real foi dada pelo próprio atual prefeito, que, ao se insurgir contra a manifestação do presidente, ironicamente, a potencializou e aumentou o seu alcance”. “Os eleitores de Boulos agradecem”.