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    Cheia do Guaíba em Porto Alegre é iminente e pode bater recordes, alerta MetSul

    Alerta vai especialmente para a população das ilhas de Porto Alegre e do Delta do Jacuí

    Letícia Cassianoda CNN*

    A MetSul emitiu um alerta de cheia do Guaíba, em Porto Alegre, nesta quarta-feira (1º). A cheia do lago que banha a capital é iminente e deve ser de grandes proporções, podendo bater os maiores níveis da história nos últimos 80 anos.

    O alerta vai especialmente para a população das ilhas de Porto Alegre e do Delta do Jacuí, que devem iniciar imediatamente os preparativos para remoção de objetos pessoais e preservar o seu patrimônio.

    Nas últimas 24 horas, o nível do Guaíba subiu quase 60 cm. No começo desta tarde, a régua do Cais Mauá, no Centro, marcava 1,97 m, quase a cota de cheia de 2 m. A tendência, segundo o MetSul, é que o nível siga subindo rápida e acentuadamente por causa das chuvas no final das bacias dos rios Jacuí, Taquari, Caí, Gravataí e Sinos, que alimentam Guaíba.

    De acordo com a meteorologia, porém, a chuva ainda não terminou de cair, fazendo com que o pior da cheia deva ocorrer no final desta semana e na semana que vem. A empresa também diz que é impossível “estimar a altura exata que o Guaíba possa chegar, uma vez que o evento de instabilidade está distante do fim”.

    O MetSul afirma que há grande possibilidade de que o Guaíba atinja a cota de enchente, de 3 m. Nesta época do ano, no último século, a marca de três metros só foi atingida na enchente de abril e maio de 1941. Este volume de chuvas para o primeiro semestre do ano é atípico, já que as outras ocasiões de transbordamento aconteceram entre o fim do inverno e a primavera.

    Consequências das chuvas

    Depois dos alertas da Defesa Civil, o governo do Rio Grande do Sul tomou a decisão de suspender as aulas na rede pública estadual na quinta-feira (2/5) e sexta-feira (3/5) em todo o estado. A nota do governador Eduardo Leite também recomenda que as pessoas permaneçam em casa, se possível, evitando a exposição a situações de risco.

    Até o momento, o estado tem 114 municípios afetados pelas últimas chuvas, além de 3.416 pessoas desalojadas e pouco mais de 19.000 afetadas. Em todo o estado gaúcho, 21 pessoas estão desaparecidas e já se contabilizam 10 óbitos.

    Diante do cenário caótico causado pelas chuvas no fluxo viário, com registros de deslizamentos e de interdições de importantes rodovias federais no Rio Grande do Sul, o Ministério dos Transportes está coordenando ações para liberar as vias obstruídas.

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    Segundo nota do Ministério, o principal objetivo é “garantir plena assistência à população afetada – à qual prestamos total solidariedade e profundo pesar pelas perdas acumuladas”. Ministério dos Transportes, Governo Estadual e Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), trabalham juntos nesta frente.

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