Retirada de civis de Mariupol será retomada neste sábado, diz autoridade ucraniana
Vice-primeira-ministra da Ucrânia alertou moradores para corredores humanitários paralelos organizados pelos russos para levar civis a territórios controlados pela Rússia
A vice-primeira-ministra da Ucrânia, Iryna Vereshchuk, anunciou, neste sábado (23), um corredor humanitário para retirada de civis da cidade sitiada de Mariupol, após uma breve paralisação anterior devido a preocupações de segurança.
“Estamos tentando retirar as mulheres, crianças e idosos novamente hoje”, disse ela.
“Estamos começando a nos reunir em torno do shopping Port City. Se tudo ocorrer como planejado, as evacuações começarão ao meio-dia”, disse Vereshchuk em comunicado no Telegram.
Ela alertou, no entanto, que as tropas russas podem abrir um “corredor paralelo” para levar os moradores a territórios controlados pela Rússia. Ela pediu aos moradores que estejam vigilantes e “não sigam nenhum engano e provocação” do lado russo.
“Nossos corredores ocorrerão apenas no seguinte itinerário em direção a Zaporizhzhia: Manhush, Berdiansk, Tokmak, Orihiv”, disse Vereshchuk.
Autoridades americanas e europeias alegaram que as forças russas estão deportando à força moradores de Mariupol para território controlado pelos separatistas na Ucrânia e, em alguns casos, até na Rússia, depois de deixá-los sem telefones e identificação e rastreá-los por meio de um chamado processo de “filtragem”.
A Ucrânia está evacuando civis para a cidade de Zaporizhzhia, controlada pelo governo, mas os comboios devem viajar passando por uma série de cidades e postos militares controlados pela Rússia.
Autoridades ucranianas disseram que mais de 100 mil pessoas ainda permanecem na cidade de Mariupol, no sul do país.
O governo russo afirma controlar o porto estratégico, mas os combatentes ucranianos continuam resistindo na enorme fábrica de aço Azovstal da cidade.
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Soldado ucraniano na linha de frente no Donbass, região leste da Ucrânia. As tropas se preparam para "nova fase" da ofensiva russa na região; veja imagens • Wolfgang Schwan/Anadolu Agency via Getty Images
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De acordo com um especialista ouvido pela CNN, a batalha na região pode desencadear o maior conflito entre tropas desde a Segunda Guerra Mundial • Diego Herrera Carcedo/Anadolu Agency via Getty Images
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“Agora podemos dizer que as forças russas iniciaram a batalha de Donbass, para a qual se prepararam há muito tempo”, disse Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia • Diego Herrera Carcedo/Anadolu Agency via Getty Images
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O exército da Ucrânia está se preparando para um novo ataque russo no lado leste do país desde que Moscou retirou suas forças de perto da capital Kiev e do norte ucraniano no final do mês passado • Diego Herrera Carcedo/Anadolu Agency via Getty Images
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O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, confirmou que Moscou está iniciando uma nova etapa do que chamam “operação militar especial”, e disse ter “certeza que este será um momento muito importante” do conflito. • Diego Herrera Carcedo/Anadolu Agency via Getty Images
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Forças ucranianas disparam míssil GRAD contra tropas russas na região do Donbass, em 10 de abril de 2022 • Wolfgang Schwan/Anadolu Agency via Getty Images
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Soldado ucraniano com veículo de disparo de míssil GRAD contra tropas russas na região do Donbass; há grande expectativa pelo envio de armas por parte de aliados do Ocidente • Wolfgang Schwan/Anadolu Agency via Getty Images
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“Estamos preparados para usar qualquer tipo de equipamento, mas ele precisa ser entregue com muita rapidez. E temos a capacidade de aprender a usar novos equipamentos. Mas precisa ser rápido", disse Zelensky • Wolfgang Schwan/Anadolu Agency via Getty Images
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”A artilharia não chegou, e isso faz com que os ucranianos estejam ainda em condições inferiores nesse combate. Os russos têm apoio por terra, mar — Ucrânia não tem mais marinha — e tem duas pontes sob o Estreito de Kerch que ajudam na logística russa”, disse à CNN o professor do Instituto de Estudos Estratégicos da UFF e pesquisador de Harvard, Vitelio Brustolin • Diego Herrera Carcedo/Anadolu Agency via Getty Images
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O movimento russo pode também tentar “completar o cerco e tomar Odessa e Kherson”, localizadas no sul ucraniano, o que tiraria o acesso da Ucrânia ao mar. “90% dos países que não têm acesso ao mar são pobres”, observou Brustolin • Diego Herrera Carcedo/Anadolu Agency via Getty Images
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Soldados ucranianos na linha de frente no Donbass em 11 de abril de 2022 • Diego Herrera Carcedo/Anadolu Agency via Getty Images
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Soldados ucranianos na linha de frente no Donbass em 11 de abril de 2022 • Diego Herrera Carcedo/Anadolu Agency via Getty Images
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“É por isso que é muito importante para nós não permitirmos que eles se mantenham firmes, porque esta batalha pode influenciar o curso de toda a guerra”, disse Zelensky sobre a batalha em Donbass • Diego Herrera Carcedo/Anadolu Agency via Getty Images
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Soldados ucranianos na linha de frente no Donbass, leste da Ucrânia, em 12de abril de 2022, disparando um projétil de artilharia • Diego Herrera Carcedo/Anadolu Agency via Getty Images
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Bunker ucraniano em Donbass • Diego Herrera Carcedo/Anadolu Agency via Getty Images
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Soldados ucranianos na linha de frente no Donbass em 11 de abril de 2022 • Diego Herrera Carcedo/Anadolu Agency via Getty Images
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Tanque na linha de frente no Donbass • Diego Herrera Carcedo/Anadolu Agency via Getty Images